Beber quatro cafés por dia pode ajudar pessoas com mais de 60 anos a manter a força, a energia e a mobilidade, reduzindo o risco de se tornarem frágeis ou dependentes. A conclusão é de um estudo recente divulgado pelo The Telegraph, com base em dados publicados na revista científica European Journal of Nutrition.
À medida que envelhecemos, o corpo tende a perder massa muscular, o que nos torna mais lentos, cansados e menos capazes de realizar tarefas simples do dia a dia. Esta condição, conhecida como fragilidade associada à idade, afeta a autonomia e aumenta o risco de quedas, internamentos, fraturas e até morte precoce.
O médico Tahir Masud, especialista citado no estudo, explica que a fragilidade surge quando o corpo deixa de ter reservas suficientes para responder ao esforço. Masud trabalha em hospitais públicos do Reino Unido e é também consultor de uma associação dedicada à saúde óssea e à prevenção da osteoporose.
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O estudo acompanhou durante sete anos 1.161 adultos com mais de 55 anos, na Holanda. Os investigadores observaram que os participantes que bebiam entre quatro a seis cafés por dia apresentavam menos sinais de fragilidade: maior força muscular, menor cansaço, melhor mobilidade e menos perda de peso involuntária.
Acredita-se que a cafeína contribua para a manutenção da força muscular e do estado de alerta, enquanto os antioxidantes naturais do café ajudam a reduzir inflamações e a proteger os músculos dos efeitos do envelhecimento.
Apesar dos benefícios, os especialistas alertam que o excesso pode ser prejudicial. Consumir mais de cinco cafés por dia pode ultrapassar o limite diário recomendado de cafeína (cerca de 400 mg), provocando nervosismo, insónias, tensão arterial elevada, palpitações ou azia.
A nutricionista Bini Suresh, da Cleveland Clinic em Londres, reforça que “o café pode ser um apoio, mas não uma solução”. A prática regular de exercício físico e uma alimentação equilibrada continuam a ser as formas mais eficazes de preservar a força e a mobilidade com o avançar da idade.
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