Coimbra

Crise leva à criação de hortas domésticas e ao regresso das panelas de ferro em Coimbra (com vídeos)

Zilda Monteiro | 1 ano atrás em 07-11-2022

A crise que se está a viver em Portugal, com o aumento contínuo dos preços, está a levar as pessoas a adotarem novas formas de poupança. A criação de hortas domésticas e a confeção de alimentos nas antigas panelas de ferro, à lareira, são algumas das ideias que estão a ganhar mais adeptos.

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Na Feira dos 7, em Bencanta, na União das Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, em Coimbra, faziam-se filas, esta segunda-feira, nas bancas de produtos hortícolas. Alfaces, cebolo, couves de todos os géneros e muitos outros produtos eram procurados por pessoas de todas as idades.

Filipe Leal, 36 anos, empresário, contou ao Notícias de Coimbra que a venda deste género de produtos “disparou desde setembro”, perante o “aumento abismal” dos preços. “Nunca antes se viu brócolos a 4 euros e alface a 3!”, realça. Esta realidade está a levar as pessoas a fazerem as suas próprias hortas. Compram, como explica, 10 ou 12 pés e plantam nos espaços que têm, sejam varandas, canteiros ou pequenos jardins. Muitos fazem-no pela primeira vez, daí que peçam explicações e recomendações sobre a forma de cultivo quando compram os produtos que vão plantar.

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Patrícia Frade, 35 anos, comerciante, também destaca o aumento nas vendas de produtos destinados à agricultura. “As pessoas estão a plantar as suas hortas e a voltar mais ao antigo”, explica, destacando o aumento de várias alfaias agrícolas mas também de outros produtos que já não eram usados com muita frequência, como as panelas de ferro e as grelhas de pôr na lareira. “As pessoas estão a comprar mais para cozinhar ao lume. Com o preço do gás e da luz a subir, vão buscar lenha e optam por cozinhar nas panelas de ferro”, realça.

O aumento dos preços não deixa ninguém indiferente. Os vários comerciantes queixam-se dos aumentos constantes, o que os obriga a mexerem também nos preços. As vendas continuam a efetuar-se mas, segundo dizem, em menor número, com os clientes a levarem apenas o essencial.

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As queixas são permanentes, tanto da parte de comerciantes como de clientes. Todos sentem o peso da crise e todos temem o futuro, caso os preços continuem a subir todas as semanas, em todos os setores, como se tem verificado nos últimos meses.

Veja os vídeos dos diretos NDC:

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