Desporto

Crise Académica de 2014

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 11-02-2014

Alguns dos corpos gerentes da Associação Académica de Coimbra apresentaram-se hoje em conferência de imprensa para anunciarem as suas intenções em relação ao futuro e instabilidade da Academia, tendo apresentado a seguinte declaração:

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Encontramo-nos nesta Academia que hoje atravessa dos períodos mais conturbados dos últimos tempos. Os acontecimentos que decorreram do processo eleitoral trouxeram-nos até aqui e é do presente e do futuro da Associação Académica de Coimbra que vos quero falar.

Antes de mais quero afirmar que os atuais órgãos gerentes da casa, aqui representados por mim, pelo Pedro Pacheco, presidente da Mesa da Assembleia Magna, e pelo Rui Vais, presidente do Conselho Fiscal, ainda se mantêm em funções na representação e acima de tudo na defesa da Académica.

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Estamos unidos e confiantes de que, apesar da instabilidade, conseguiremos continuar a fazer o nosso trabalho com o mesmo rigor e dedicação com que o fizemos durante o nosso mandato. Queremos que a instabilidade que se sente não se reflita na estrutura nem funcionamento desta Academia. Queremos que os sócios saibam onde e a quem se dirigir, que os fornecedores saibam com quem estão a negociar, que os nossos funcionários saibam que trabalham num sítio estável, que os nossos parceiros saibam que podem continuar a contar connosco.

A continuação da Direção-Geral, nesta situação, não é explícita nos estatutos da Associação Académica de Coimbra, e por isso temos marcada uma Assembleia Magna para amanhã. Queremos uma Académica sólida e estável, não demovível por qualquer bala que a tente atravessar e estamos dispostos a sermos nós o seu escudo. Temos o apoio das várias estruturas da casa, núcleos de estudantes e secções e procurámos inclusive aconselhamento junto do nosso sócio honorário e ex-Reitor da Universidade de Coimbra, Rui de Alarcão, que mostrou a sua confiança e apoio à nossa equipa e às nossas intenções. Mas queremos que sejam os sócios a decidir, no seu órgão máximo, se assim o querem. Estamos confiantes na nossa experiência e no nosso conhecimento para manter o normal funcionamento da Académica, mas não o queremos impor. Daremos voz aos nossos sócios para que discutam e decidam o futuro próximo da nossa Academia. Estamos unidos e confiantes que juntos encontraremos a melhor solução.

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As instâncias judiciais têm já todos os elementos necessários para a resolução do processo. A posição da AAC é só uma e é clara: acreditamos convictamente que não houve qualquer fraude eleitoral. Foi este o apuramento do único órgão da AAC com legitimidade para se pronunciar sobre o caso: a comissão de inquérito da Comissão Eleitoral da AAC. No entanto, respeitamos e aceitamos que qualquer sócio ou grupo de sócios, no uso das suas liberdades e direitos previstos na Lei e nos nossos estatutos, possa questionar a veracidade de qualquer decisão ou deliberação social da AAC.

É com espírito de tranquilidade que encaramos esta situação, tendo já sido entregue a resposta da AAC requerida pelo Tribunal.

Resta-nos esperar, é verdade.

Mas é urgente resolver esta situação. A demora no processo judicial tem implicações que esta equipa tentará gerir, mas admitamos que não trará o melhor para a Académica de Coimbra a médio prazo. Ao longo destas semanas temos procurado apoio e aconselhamento junto de várias personalidades. O nosso sócio honorário, Rui Alarcão, apoia a solução que iremos propor e acredita sobretudo que, para o bem da AAC, esta situação tem que rapidamente ser resolvida.

Estamos preparados para ficar. Mas é preciso entender que o arrastrar da situação poderá colocar em causa o normal funcionamento da Académica. Assim, é fundamental que as instâncias judiciais se pronunciem o mais rapidamente possível para que não fiquemos reféns da normal e infeliz delonga da justiça portuguesa.

Urge portanto uma resposta célere do tribunal, para que os novos corpos gerentes possam começar a trabalhar o mais rápido possível, cumprindo o máximo possível deste ano que já decorre, como é apanágio da nossa matriz ideológica, protegendo a AAC, os seus núcleos, secções e os seus sócios.

A Académica é uma instituição impar na academia e na Cidade. Durante 126 anos soube estar a altura na luta e defesa dos direitos dos estudantes, na promoção cultural, desportiva e social do indivíduo. Uma Académica forte, é o que se espera em momentos conturbados, sobretudo para os estudantes, para o Ensino Superior e para o país. É essa Académica forte, unida e com voz a que temos a certeza conseguir realizar e com todo o espírito de responsabilidade e missão pela a AAC que nos propomos perante todos os seus sócios a continuar a governar.

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