Mundo

Crianças usam IA em interações cada vez mais violentas

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 20-12-2025

Um novo relatório de segurança digital levanta preocupações sobre a forma como crianças e adolescentes estão a interagir com sistemas de inteligência artificial, sobretudo em plataformas de conversação e simulação de papéis.

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A análise indica que uma parte significativa dos menores que utiliza chatbots para companhia virtual acaba por contactar com conteúdos violentos, incluindo situações de agressão e coerção. Em muitos desses casos, surgem também referências de natureza sexual, sobretudo a partir do início da adolescência.

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Os dados revelam que o envolvimento com este tipo de conteúdos atinge um pico por volta dos 11 anos, fase em que as interações violentas são mais frequentes. Já a partir dos 13 anos, passam a predominar conversas de teor romântico ou sexual, tendência que diminui nos anos seguintes.

Segundo os investigadores, a violência e o choque emocional funcionam como fatores de maior envolvimento, levando alguns jovens a passarem longos períodos em interações prolongadas com estes sistemas.

O relatório alerta ainda para a falta de regulação eficaz no setor, sublinhando que muitas aplicações de IA dependem apenas da autodeclaração de idade, o que facilita o acesso de menores a conteúdos inadequados.

Especialistas defendem maior vigilância por parte das famílias e avisam que a inteligência artificial pode prolongar comportamentos problemáticos, em vez de os travar, sobretudo quando não existem mecanismos de proteção adequados.

Casos recentes relacionados com o uso abusivo de tecnologia, incluindo a criação e partilha de conteúdos falsos através de IA, reforçam a preocupação crescente com o impacto destas ferramentas no desenvolvimento emocional e social dos mais jovens.

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