Portugal

Criança luta contra um linfoma e tem dador há dois meses mas IPO de Lisboa diz não ter capacidade de resposta

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 04-08-2021

Enquanto espera, David, de seis anos, continua a fazer quimioterapia no IPO de Lisboa.

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Segundo a SIC Notícias, o caso de uma criança de seis anos que está à espera de um transplante de medula no IPO de Lisboa, apesar de já ter dador compatível encontrado, está a chamar a atenção para um problema que se acentua cada vez mais no Serviço Nacional de Saúde: a falta de capacidade de resposta aos pedidos de transplante de medula.

Impotente perante a doença do filho, Bruna Villar tornou pública a revolta nas redes sociais. David tem seis anos e luta contra um linfoma, a doença já tinha surgido antes e foi travada com quimioterapia.

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Mas em março deste ano, o cancro voltou a atacar. A única opção de David seria um transplante de medula, a 19 de maio foi encontrado um dador compatível.

O alívio por ter encontrado um dador compatível rapidamente se transformou em angústia. A data para fazer a intervenção ficou em suspenso e passados mais de dois meses, a família continua a aguardar pelo dia para o transplante.

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Enquanto espera, o menino de seis anos continua a fazer quimioterapia no IPO de Lisboa. O tratamento obriga a cumprir períodos de isolamento prolongados. A mãe acompanha-o todos os dias, a todas as horas.

Em resposta às questões colocadas pela SIC, o IPO de Lisboa respondeu que os transplantes de medula dependem de muitos fatores que vão além de uma vaga de uma cama de hospital.

Além de ser necessário percorrer vários passos para confirmar a disponibilidade para a doação, os transplantes “são de intervenções de alto risco, muito complexas, que exigem conhecimentos, trabalho e estruturas muito específicas, assim como recursos humanos qualificados”.

Os dados mais recentes apresentados pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação indicam que até final de junho deste ano, 219 doentes com dador identificado aguardavam transplante.

Em Portugal, há três hospitais onde é possível fazer transplante de medula óssea não só com células dos próprios doentes, mas também com familiares apenas 50% compatíveis e ainda com células de dadores não relacionados, ou seja, selecionados a partir de bancos de dadores voluntários

São todos hospitais públicos: Hospital de Santa Maria, em Lisboa; IPO do Porto e de Lisboa. No entanto, apenas o IPO admite casos pediátricos.

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