Quem teve o privilégio de ser criado por uma mãe portuguesa sabe que há hábitos e formas de cuidado que vão muito além do óbvio. São gestos repetidos diariamente e que se tornaram autênticos pilares da infância.
A começar, claro, pela sopa. Para muitas famílias portuguesas, este não é apenas um prato de entrada, mas sim um ritual sagrado e obrigatório. Mesmo durante os dias mais quentes do verão, é impensável começar uma refeição sem ela.
A educação alimentar não se limita à sopa. Crescer numa casa portuguesa significa, quase inevitavelmente, aprender a cozinhar. Mesmo quem hoje assume que não tem grande queda para a culinária, sabe perfeitamente fazer pelo menos um prato tradicional, refere o site Vortex Mag
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Além disso, expressões como “ó pá”, “leva o casaquinho” ou “isso agora não interessa nada”, são tão utilizadas pelas mães que, com o passar dos anos, os filhos começam também a utilizá-las sem se darem conta.
E claro, sair de casa sem casaco é motivo de alerta imediato, independentemente da previsão meteorológica. O céu pode estar limpo e os termómetros a subir, mas a ordem é sempre a mesma: “leva o casaco, nunca se sabe”. E, verdade seja dita, a maioria acaba por levá-lo só para não ouvir mais tarde o temido “eu bem te avisei”.
Desde cedo, também fomos ensinados a tratar todos com respeito e dizer “por favor”, “obrigado” e “com licença”. A boa educação, para as mães portuguesas, não é negociável.
Ser criado por uma mãe portuguesa é, no fundo, ter feito um curso intensivo de vida, com lições que se vão percebendo, e valorizando, com o passar do tempo.
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