Pela primeira vez em ano e meio o Ministro da Educação, Nuno Crato, vai receber as Associações e Federações Académicas representativas dos Estudantes do Ensino Superior (ES) público.
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A AAC mostra-se preocupada com o abandono e ação social escolar e rejeita a proposta para a nova fórmula de financiamento apresentada pelo Governo, exigindo ao Ministro uma imediata e efetiva mudança de políticas no Ensino Superior português.
A Associção Académica de Coimbra tem-se mostrado das mais reivindicativas contra as políticas do atual governo, Bruno Matias, Presidente da AAC, afirma que “a AAC não baixa os braços perante a injustiça das desigualdades criadas pelo sistema de Ensino Superior que destrói as expetativas de vida de muitos jovens”, hipotecando o desenvolvimento do país assente numa estratégia de formação e qualificação. “Hoje iremos exigir uma mudança de políticas ao Governo e vou perguntar ao Sr. Ministro da Educação, Nuno Crato, de uma vez por todas, se vê o Ensino Superior como um investimento ou como uma despesa”, rematou o dirigente estudantil.
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Mais do que críticas a AAC levará para a reunião várias propostas como a criação urgente de mecanismos de acompanhamento do estudante a nível nacional, recorrendo à monitorização do percurso escolar, funções que seriam levadas a cabo pelos Serviços de Gestão Académica e pelas Unidades Orgânicas que receberiam formação para tal, com o principal intuito de entender as causas do flagelo do abandono escolar.
A Associação Académica de Coimbra promete fazer jus ao seu passado e “no mês de abril, quando celebramos 46 anos após o 17 de abril de 1969, a AAC voltará a pedir a palavra, colocando-se à frente da resolução de problemas que o atual Governo continua a não querer ver e resolver”. “A pouca vontade de combater as injustiças sociais no Ensino Superior, por parte do Ministério da Educação e Ciência, foi e é visível ao longo destes quatro anos de legislatura”, lamenta o Presidente da AAC, Bruno Matias, afirmando com mágoa que “o retrato do Ensino Superior, que é o principal motor de desenvolvimento do país e da Europa, é perturbador e grotesco”.
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