O Município da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, desativou hoje o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, na sequência do incêndio que atingiu o concelho.
O incêndio da Covilhã surgiu na sequência do fogo que eclodiu no dia 13 em Arganil e que se estendeu a outros concelhos e distritos, nomeadamente Castelo Branco e Guarda, e que foi extinto no domingo.
“Informa-se que foi desativado esta quarta-feira o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, que tinha sido acionado no passado dia 15 de agosto, na sequência da entrada no concelho da Covilhã do fogo que deflagrou em Arganil e que já foi dado como dominado”, revelou a Câmara, numa nota enviada à agência Lusa.
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O Município destacou ainda, na mesma informação, que “manterá empenhado todos os meios necessários e disponíveis para continuar a ajudar a população, tal como fez desde a primeira hora”
“Ao longo destes dias, o Município da Covilhã destacou várias equipas e meios para o apoio ao combate ao incêndio e ajuda às populações. No suporte logístico das operações e no apoio social foram destacados: Veículo abastecimento de combustível em permanência 24horas, no teatro de operações; veículos de transporte de pessoas; material de apoio às Zonas de Concentração e Apoio a Pessoas; contratação de duas máquinas de rasto de empresas privadas; e veículo e recursos humanos do Serviço Municipal de Proteção Civil em permanência a acompanhar todas as situações de emergência e levantamento de necessidades.
A autarquia recordou que se procedeu ao confinamento de aldeias e vilas com antecedência e implementação do programa Aldeia Segura Pessoas Seguras com o confinamento das pessoas nos locais de abrigo e refúgio.
Além disso, “foram mobilizadas para as áreas afetadas equipas da ação social, que asseguraram a instalação e funcionamento de duas Zonas de Concentração e Apoio à População (Escola da Barroca/Aldeia de São Francisco de Assis e Pavilhão de Vales do Rio), as quais acolheram um total de 36 pessoas, designadamente crianças, adultos e idosos.
A empresa municipal Águas da Covilhã, explicou a Câmara, esteve em permanência nas zonas afetadas, quer para o reforço das redes de água, quer para o rápido restabelecimento de água nos locais afetados.
“Além da ação do Município e do dispositivo operacional, estiveram envolvidos direta e indiretamente populares, entidades, instituições, sapadores florestais, empresas e, naturalmente, as Juntas de Freguesia, que, entre as muitas ações levadas a cabo, colocaram no terreno os veículos e kits de intervenção nas suas áreas ou os disponibilizaram às freguesias vizinhas, num exemplo de entreajuda admirável”.
A autarquia, que na nota agradeceu o empenho de todos no combate ao incêndio, “vai manter-se ao lado das populações, tendo já no terreno as equipas que prestam apoio social e psicológico e que tem articulado com as juntas de freguesias o levantamento dos prejuízos”.
“Constituiu já uma equipa para prestar a ajuda necessária à formalização de candidaturas. Em articulação com as Juntas e entidades benfeitoras tem estado a dar reposta necessária e urgente ao nível da alimentação animal”.
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
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