A delegação de Coimbra da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pede uma intervenção urgente do Governo para apoiar as empresas, depois de o primeiro-ministro ter anunciado novas medidas para conter os casos de covid-19.
“Há que assumir que a economia vai parar e se vai parar é preciso que nos ajudem”, disse ao Notícias de Coimbra José Madeira, presidente da delegação de Coimbra da AHRESP. “Todos nós estávamos à espera de um balão de oxigénio agora pelo Natal e Fim de Ano para cumprirmos as nossas obrigações”, acrescentou.
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“Há oito anos que Coimbra passou a ter fins de ano fantásticos, com as unidades de alojamentos cheias, restaurantes lotados e a cidade em festa. O ano passado já não tivemos e este ano não vamos ter”, lamentou o representante.
Se não fosse a pandemia, garante José Madeira, a lotação dos hotéis e restaurantes da cidade “estaria nos 95%”. Mas, “com cancelamentos diários” pode rondar os “30%”.
“Que nos ouçam, que nos ajudem, queremos resistir e sobreviver”, apela o responsável dando conta de um processo que “está a ser duro e que dura há quase dois anos”.
“Não sei como estas unidades de restauração, alojamento e todos os outros, vão conseguir resistir mais uma vez”, afirma, pedindo “ao Governo que ponha mão na atividade comercial das cidades”.
Além dos cancelamentos e do facto de as pessoas estarem a evitar os hotéis e restaurantes, José Madeira refere que o “verão animado” levou à contratação de mais pessoas que agora “não podem ser mandadas embora”.
A AHRESP de Coimbra lembra que o setor “nunca viveu dos apoios do Estado” mas que desta vez “não sobreviverá” sem eles.
Veja a entrevista em direto com José Madeira:
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