O município de Soure, no distrito de Coimbra, informou hoje que os serviços municipais irão estar abertos e em funcionamento apesar da situação do coronavírus, mas avisou que apenas deverão ser procurados em situações urgentes e inadiáveis.
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Em edital a que a agência Lusa teve acesso, assinado hoje com “efeitos imediatos” pelo presidente da autarquia, Mário Nunes, e divulgado na página de internet do município e na rede social Facebook, recomenda-se que a população evite deslocações à Câmara Municipal, privilegiando, ao invés, o uso de uma lista que inclui um contacto de telemóvel para atendimento geral, outro de telefone com seis extensões de serviços diversos e cinco endereços de correio eletrónico.
No documento, onde anuncia o “cancelamento dos eventos municipais agendados até ao dia 24 de abril”, ou seja, nos próximos 43 dias, o presidente da Câmara Municipal apela “a todas as coletividades e associações concelhias que adotem o mesmo procedimento”.
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O edital inclui 17 medidas de aplicação imediata, como sejam o “encerramento temporário” ao público em geral “salvo exceções previamente avaliadas” da Biblioteca Municipal, Posto de Turismo e Museu Municipal e Centro Interpretativo.
O encerramento ao público em geral estende-se aos pavilhões municipais, mantendo no entanto a autarquia a disponibilidade para os clubes ali realizarem competições oficiais, mas sem espetadores.
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O edital preconiza, igualmente, a suspensão da realização de feiras e mercados “cuja abrangência não seja estritamente local”, uma medida idêntica a outras tomadas pelos 19 municípios que compõem a comunidade intermunicipal da Região de Coimbra.
Do mesmo modo, o autarca de Soure avisa que serão indeferidos eventos e atividades a realizar em equipamentos municipais, na via pública ou em recintos improvisados, bem como os pedidos de transporte em autocarros municipais “conflituantes com o serviço de transporte escolar, sob avaliação casuística”.
O edital informa ainda que serão suspensas, adiadas ou canceladas diversas atividades previstas a curto prazo, onde se incluem, entre outras, o evento “Sábados na Biblioteca”, a apresentação do relançamento do programa “Cegonhas” de promoção da natalidade no concelho, os espetáculos “Filarmonias – Os Concertos nas Freguesias” ou as comemorações do Dia Mundial da Árvore e da Floresta.
No texto, Mário Nunes justifica a adoção das medidas se destina “a fazer face à propagação do surto epidemiológico COVID-19 e a proteger a saúde de todos quantos trabalham e frequentam os serviços municipais e também daqueles que vivem e visitam o concelho de Soure”.
“Esta situação não deve ser encarada com alarmismo, mas sim com prudência e responsabilidade, adotando as recomendações das entidades oficiais, para que todos possamos lidar da melhor forma com o período que atravessamos”, frisa o presidente da Câmara.
Mário Nunes agradece a “compreensão” dos munícipes, considerando ser “imperativo a salvaguarda da saúde” da população e dos agentes concelhios e avisa que o conjunto de medidas enunciadas “será alvo de revisão à medida que as circunstâncias epidemiológicas evoluírem e em função das orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
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