Saúde

Covid-19: Sindicato do comércio pede inspeção à segurança dos trabalhadores

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 22-03-2020

O sindicato dos trabalhadores do comércio defendeu hoje ser “urgente” a intervenção das autoridades inspetivas para avaliar as condições de segurança e saúde dos trabalhadores da distribuição, perante o impacto da covid-19, apelando ainda à intervenção do Governo.

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“Nesta fase complicada do nosso país, face à pandemia covid-19, os trabalhadores das empresas da grande distribuição e setor social, entre outros, são os mais expostos ao perigo”, indicou, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

Perante esta situação, a estrutura sindical defendeu ser “urgente” uma “forte e imediata” intervenção das autoridades inspetivas, apelando ainda à intervenção do Governo.

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De acordo com o CESP, em causa, estão, por exemplo, trabalhadores nas caixas, “sem as mínimas condições de proteção”, bem como empresas que fecham as lojas e colocam os funcionários a desempenhar funções não habituais.

“Existem graves problemas com os trabalhadores do setor retalhista, nomeadamente lojas de rua e de centros comerciais que encerraram, fazendo ameaças aos trabalhadores para o gozo compulsivo de férias ou para recorrerem à baixa e ainda há centenas de trabalhadores em casa sem saber como e quando vão receber o seu salário”, apontou.

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O CESP referiu ainda que, no setor social, nos distritos do Porto, Vila Real e Bragança, as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e as misericórdias, na sua maioria, não estão a dar condições de segurança e saúde aos seus colaboradores, uma vez que não são disponibilizadas máscaras, as luvas “escasseiam” e, em alguns casos, o álcool “é fornecido a conta-gotas”.

A estrutura vincou também que os trabalhadores têm consciência da importância do seu trabalho, mas lamentou o desprezo a que têm sido sujeitos pelas instituições e empresas ao longo dos anos, nomeadamente, “com tentativas patronais de imposição de banco de horas, com a redução do valor do trabalho suplementar” e salários baixos.

“São os ‘heróis’ do momento, mas estes ‘heróis’ também adoecem, também têm família, exigem condições de segurança e saúde e, sobretudo, exigem respeito por si e pelos seus direitos, sendo na sua grande maioria, mulheres trabalhadoras”, concluiu.

Portugal encontra-se em estado de emergência por causa da pandemia da covid-19 desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

No âmbito do estado de emergência, foi decretado o fecho das Lojas do Cidadão e dos estabelecimentos com atendimento público, com exceção para mercearias e supermercados, postos de abastecimento de combustível, farmácias e padarias, entre outros serviços considerados essenciais.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.

 

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