A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está a preparar o desconfinamento dos idosos ouvindo as suas necessidades para adaptar novas respostas, disse à Lusa o administrador da ação social, Sérgio Cintra.
Com a aproximação da reabertura dos centros de dia, prevista para o dia 5 de abril, após o encerramento, em janeiro, a Santa Casa está a contactar os utentes idosos para garantir o seu direito à participação.
“Estamos a ligar para as pessoas e a perguntar-lhes se têm previsão de regressar, se querem voltar ou não, para preparar a resposta para aquilo que sentem necessidade. Estamos a pedir também que identifiquem quais são as novas necessidades que os serviços e as respostas sociais da misericórdia têm que ter”, explicou o administrador da ação social da SCML, Sérgio Cintra.
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De acordo com o responsável, no contacto aos idosos estão a fazer-se perguntas tais como: “entendem que o apoio de um psicólogo no centro de dia deve acontecer?”; “existe algum amigo ou amiga, que não sendo utente da misericórdia, precisa de ser sinalizado?” ou “necessitam de apoio terapêutico?”.
A SCML está ainda a assegurar aos utentes de que vai estar tudo preparado e em segurança para a reabertura dos centros de dia referindo, por exemplo, que todos os funcionários têm feito com regularidade testes à covid-19.
Para já, o que tem sido mais identificado é que as pessoas têm “saudades de um abraço, sentem a necessidade de toque, de carinho e de serem escutadas. Algumas delas têm-nos pedido algumas terapias por causa da destreza de mãos e porque necessitam de apoio para voltar a andar em segurança na cidade”, concluiu.
A SCML, desde que começou a pandemia, tem vindo a realizar várias ações de apoio aos idosos, desde o acompanhamento diário telefónico, ao apoio domiciliário – chega neste momento a cerca 2.500 pessoas -, até aos passeios para ir ver o mar.
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