Coimbra
Covid-19: Região de Aveiro pede ao Governo medidas com “urgência, profundidade e objetividade”

A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) apelou ao Governo para que tome as medidas necessárias e com a devida “urgência, profundidade e objetividade”, para suster o crescimento da doença Covid-19.
O apelo foi feito num comunicado divulgado hoje, após a reunião extraordinária do Conselho Intermunicipal da CIRA, que decorreu na noite de quarta-feira, para debater e decidir a implementação de medidas concertadas entre os 11 municípios da região de Aveiro, no âmbito da gestão do processo do novo coronavírus.
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Na nota, a CIRA diz que deliberou proceder ao cancelamento ou adiamento de todos os eventos programados, em espaços fechados e ao ar livre, culturais, desportivos ou de outra natureza, que impliquem concentração de pessoas, nos termos indicados pela Direção Geral de Saúde (DGS), implicando nomeadamente o encerramento de Centros Culturais.
Esta medida estará em vigor até ao dia 03 de abril, data em que se fará a reavaliação da mesma, refere a mesma nota, adiantando que o valor integral dos bilhetes já pagos para os eventos cancelados será devolvido aos cidadãos.
Foi ainda decidido cancelar a viagem marcada para a próxima semana dos presidentes de Câmara da CIRA a Antuérpia e a Bruxelas, onde se realizaria a conferência de encerramento do projeto Clair City, na qual a CIRA está envolvida com a Universidade de Aveiro e outros parceiros europeus.
As 11 câmaras que integram a CIRA decidiram ainda proceder à suspensão de viagens e de programas municipais de desporto, cultura, lazer e outros, que propiciem concentração de pessoas, tratando com “especial acuidade e diligência” os que envolvem a população mais idosa.
A Comunidade Intermunicipal exortou ainda os cidadãos da região de Aveiro a cumprirem com calma e com rigor as normas emanadas pela autoridade de saúde, implementando práticas na gestão da sua vida que reduzam ao máximo os riscos de contágio da doença, nomeadamente ao nível do relacionamento social, da higiene individual, da sinalização de sintomas e de situações de risco à autoridade de saúde.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira a doença Covid-19 como pandemia, devido aos “níveis alarmantes de propagação e de inação”.
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