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Covid-19: Presidente da Câmara de Aveiro contra encerramento da cultura

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 14-01-2021

O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves (PSD/CDS) criticou hoje as medidas previstas no novo confinamento, nomeadamente o encerramento dos equipamentos culturais, sustentando que não é aí que está o problema do aumento de casos de covid-19.

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Em declarações à porta do estabelecimento prisional de Aveiro, aonde se deslocou hoje para receber os votos dos reclusos para as eleições presidenciais 2021, Ribau Esteves disse que os casos de covid-19 que têm sido registados nos locais de trabalho e nas escolas “são mínimos”.

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“Não é aí que está o problema. O problema está em casa, nos convívios das pessoas e nas festas ilegais, e o Governo está a centrar as medidas para o sítio onde não está o problema”, disse Ribau Esteves.

O autarca começou por manifestar “solidariedade e compreensão” para com o Governo nas medidas que tomou, afirmando, no entanto, uma “discordância profunda” em relação a algumas delas.

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“Não posso concordar que fechem a cultura. O nível de segurança dos nossos museus, do nosso Teatro Aveirense, das nossas salas de exposições – e sei que é assim no país – é total. Há aqui regras que objetivamente não fazem sentido”, observou.

Ribau Esteves considera que a pressão na sensibilização, mas também na atuação das autoridades policiais, tem de ser feita sobre os comportamentos individuais.

“Não há problema nenhum em ir a uma sapataria, em ir a um teatro, em ir a uma sala de exposições onde se cumprem as regras e onde está lá gente a tomar conta. Na nossa casa ninguém toma conta. Nos ajuntamentos, quando não há ninguém a ver, ninguém toma conta e é aí que tem estado o problema”, disse.

Referiu ainda que a Câmara de Aveiro tem atualmente pouco mais de 20 funcionários em teletrabalho, garantindo que o nível de segurança no município é “altíssimo”.

“Tivemos um contágio em cenário de trabalho, no início da segunda vaga. Os outros colegas positivos – que felizmente foram muito poucos – foram todos em contágio familiar”, relatou.

Portugal vai regressar ao dever de recolhimento domiciliário, a partir das 00:00 de sexta-feira, tal como em março e em abril.

O decreto do Governo que regulamenta o novo estado de emergência devido à pandemia da covid-19, em vigor entre as 00:00 de sexta-feira e as 23:59 de 30 de janeiro, determina o encerramento de espaços culturais e estabelecimentos comerciais.

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