Coimbra

Covid-19: PM pede a Ventura que não alimente boatos e salienta que “números são fiáveis”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 24-03-2020

O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje ao deputado único do Chega, André Ventura, para não “alimentar boatos” relativamente aos números apresentados diariamente pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre os casos contagiados por covid-19, salientando que os dados “são fiáveis”.

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No debate quinzenal que decorreu hoje na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado único do Chega começou por identificar a falta de testes e equipamentos em hospitais, e argumentou que “há ambulâncias que já nem sequer estão a sair para acorrer a urgências”, querendo saber se o primeiro-ministro estava arrependido de ter dito na segunda-feira que “até agora não faltou nada” no Serviço Nacional de Saúde.

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Na resposta, António Costa afirmou que André Ventura teve a “resposta cabal que foi dada sobre essa matéria” durante a sessão técnica que decorreu esta manhã no auditório do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa, em que esteve presente o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, bem como líderes partidários, sindicais e patronais.

De seguida, o deputado questionou o chefe de Governo se é possível “confiar nos números” da DGS quando “uma grande, vastíssima parte da população não está a ser testada”.

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O primeiro-ministro começou por indicar que “os dados que são divulgados são os dados comunicados diariamente por cada um dos médicos que atende cada um dos doentes”.

“E como disse o senhor Presidente da República à saída da sessão em que todos estivemos, os números são fiáveis quanto ao número de casos conhecidos, quanto aos testes realizados, quanto aos testes identificados, quanto ao número de doentes que estão internados, quanto ao número de doentes que estão nos cuidados intensivos, quanto ao número de doentes que faleceram”, salientou.

“Portanto, a última coisa que nós precisamos no meio desta dramática crise sanitária, é alimentar boatos e pôr em dúvida informação das entidades técnicas competentes e insuspeitas”, criticou Costa.

O deputado afirmou que não era essa a sua intenção, mas “apenas fazer perguntas que os portugueses nesta altura, em casa, se questionam”, perguntando depois “qual é a situação neste momento” em relação aos guardas prisionais.

“Uma palavra para aqueles que nos defendem, que dão todos os dias a vida por nós, que todos os dias garantem a nossa segurança e se sentem todos os dias desapoiados por parte do Governo”, pediu.

O primeiro-ministro respondeu que o Governo presta “apoio a todas as forças e serviços de segurança e também à guarda prisional”, e pediu a André Ventura para ler a “mensagem que o senhor diretor dos serviços prisionais dirigiu” a estes profissionais, indicando que se revê “inteiramente” no que foi transmitido.

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