Política

Covid-19: PEV preocupado com médicos internos pede adiamento do exame final

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-01-2021
O Partido Ecologista ‘Os verdes’ (PEV) mostrou-se hoje preocupado com a situação dos médicos internos que, além do combate à pandemia da covid-19, têm de se preparar para o exame de fim de internato da especialidade já em abril.

“Muitos destes jovens médicos, nomeadamente os das especialidades que asseguram a linha da frente na resposta à covid-19, estão à beira da exaustão”, afirmou o deputado José Luís Ferreira, referindo que a insto acresce ainda a avaliação final do internato.

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Esta preocupação foi transmitida pelo partido durante o debate sobre política geral, na Assembleia da República, com o primeiro-ministro, a quem Os Verdes pediram o adiamento da data do exame de especialidade, à semelhança do que aconteceu no ano passado.

“Seria sensato assegurar que [o exame] decorra numa fase mais branda do contágio”, considerou José Luís Ferreira, questionando António Costa se haveria disponibilidade, da parte do Governo, para reagendar o exame de abril para junho.

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“Seria uma forma de não perturbar o combate à covid-19 numa fase tão crítica como esta, mas também um ato de justiça e a melhor demonstração de reconhecimento e respeito que poderá ser feita a estes jovens que tanto têm dado de si no combate”, acrescentou.

O deputado d’Os Verdes apresentou diversos fatores para justificar esse adiamento, desde a pressão a que os médicos internos estão sujeitos devido à atual situação epidemiológica e à necessidade de concentrar todos os esforços no combate.

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“São eles que asseguram muitas das noites, fins-de-semana, e que não conseguem usar os dias de descanso a que têm direito. Como se compreende, esta sobrecarga, somada ao próprio estado anímico gerado pela situação, não é o quadro mais favorável para elaborar o relatório final a que estão obrigados e a estudar para um exame que tem grande importância nas suas carreiras”, considerou.

Por outro lado, acrescentou, durante os três dias que duram os exames estes médicos terão de ser temporariamente desviados da linha da frente, bem como os médicos tutores e os membros do júri.

A tudo isto, a resposta de António Costa foi curta: “Quando debatemos aqui a lei do Orçamento do Estado para este ano, a Assembleia da República fez questão de fixar o calendário concreto para todo o processo de contratação, designadamente a data dos exames”.

Durante a sua interpelação ao primeiro-ministro, Os Verdes manifestaram-se ainda solidários com os profissionais de saúde, reforçando a necessidade de “tomar medidas que contribuam efetivamente para solucionar o problema e não para o agravar”, começando, desde logo, por resolver a questão da falta de profissionais.

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