Saúde

Organização Mundial de Saúde nota intensificação da pandemia e olha para situação “dilacerante” na Índia

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 26-04-2021

A Organização Mundial de Saúde alertou hoje que na última semana houve tantas novas infeções pelo SARS-CoV-2 como nos primeiros cinco meses da pandemia da covid-19, salientando que a situação na Índia é “para lá de dilacerante”.

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“Globalmente, a pandemia continua a intensificar-se”, afirmou o diretor-geral da agência das Nações Unidas para a saúde numa conferência de imprensa virtual a partir da sede da organização, em Genebra, notando que pela nona semana consecutiva há um aumento da média de novos casos e pela sexta semana consecutiva, de novas mortes.

Tedros Ghebreyesus saudou “as pequenas descidas em novos casos e mortes” em algumas regiões do mundo, mas voltou a apontar a disseminação do vírus na Índia como uma situação especialmente preocupante.

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Com uma nova variante a espalhar-se, aquele país chegou a quase 350 mil novos casos diagnosticados num único dia, segundo os números de domingo passado.

No início do que a OMS designou como Semana Mundial da Imunização, o diretor-geral salientou que a pandemia significou perturbações nos processos de vacinação para outras doenças além da covid-10, tais como “o cancro cervical, malária e ébola” e anunciou o começo de uma campanha de angariação de fundos para campanhas de vacinação conduzida pela Fundação OMS.

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Intitulada “Go give one”, visa conseguir donativos de 15 milhões de pessoas e empresas para recuperar o que ficou por fazer, salientando que há “60 campanhas de vacinação suspensas em 50 países”, o que significa que estão “228 milhões de crianças vulneráveis ao sarampo, à febre amarela e à poliomielite”.

As perturbações provocadas pela pandemia que se espalhou pelo mundo em 2020 continuam este ano “em um terço dos países durante o primeiro trimestres”, o que já levou a surtos de sarampo em países como a República Democrática do Congo, Paquistão e Iémen.

“Temos que recuperar destas perturbações e garantir que os serviços são restabelecidos rapidamente e em segurança”, apelou.

A OMS, em colaboração como entidades como a UNICEF e a Aliança Global das Vacinas, lançaram também hoje uma Agenda de Imunização para 2030 para “maximizar o impacto das vacinas e evitar as regressões”, o que poderá “evitar 50 milhões de mortes durante a próxima década, 75 por cento das quais em países de baixos e médios rendimentos”.

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