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Covid-19: Ordem dos Enfermeiros pede “massificação de testes” a profissionais de saúde

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 26-03-2020

A Ordem dos Enfermeiros enviou hoje um ofício ao Ministério da Saúde para que seja iniciada “urgentemente” a realização de testes de rastreio do novo coronavírus a todas as equipas que asseguram cuidados de saúde com risco de infeção.

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Em comunicado hoje divulgado, a Ordem dos Enfermeiros (OE) lembra o “crescente número de profissionais infetados” pelo coronavírus que provoca a doença covid-19 e que há relatos que dão conta da existência de profissionais a aguardar mais de quatro dias após terem estado expostos a doentes positivos e pede “a massificação dos testes aos profissionais de saúde, sob pena de, em pouco tempo, não haver recursos humanos em condições de prestar cuidados de saúde”.

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“A OE sugere que estes testes sejam realizados, primeiramente e de forma periódica aos profissionais que se encontram em funções nas áreas mais críticas, como os lares, centros de diagnóstico pneumológico, serviços de urgência, serviços de infecciologia e de cuidados intensivos e áreas dedicadas COVID-19”, lê-se na nota.

Recomenda igualmente que sejam realizados testes às equipas de profissionais que fazem a rotação de descanso no dia imediatamente anterior ao do seu regresso ao serviço, “o que permitiria reduzir o risco de transmissão a outros profissionais e doentes”.

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A OE adianta que também hoje “solicitou à tutela que seja emitida orientação urgente relativa ao correto manuseamento e higienização das fardas usadas, face às inúmeras exposições recebidas sobre este assunto, que dão conta da inexistência de um espaço próprio para o efeito nas unidades de saúde”.

Segundo o comunicado, muitos enfermeiros reportaram à OE a obrigatoriedade de higienização em casa ou o armazenamento para o turno seguinte nos mesmos cacifos em que guardam a sua roupa, “procedimentos estes que devem ser rejeitados”.

“Importa reiterar junto das unidades de saúde a necessidade de disponibilizar fardas únicas ou descartáveis, assegurando o seu correto manuseamento e higienização, devendo toda a roupa usada ser considerada contaminada e manuseada com a menor agitação possível”, defende a Ordem dos Enfermeiros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Em Portugal, já foram registadas 60 mortes e 2.544 infeções, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.

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