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Covid-19: Novo recorde no Brasil com 4.000 mortes em 24 horas  

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-04-2021

O Brasil ultrapassou hoje, pela primeira vez desde o início da pandemia, 4.000 mortes diárias (4.195) devido à covid-19, um novo recorde que elevou o total de óbitos para 336.947, segundo o Governo.

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O recorde anterior havia sido notificado na última quarta-feira, quando o país chegou às 3.869 vítimas mortais num só dia.

Além da nova marca histórica na pandemia, o Brasil continua a ser o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afetado pela covid-19 em números absolutos, ou da Índia, uma tendência que foi observada ao longo de todo o mês de março e que se tem mantido em abril.

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De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde, o Brasil registou ainda 86.979 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, num total de 13.100.580 diagnósticos desde a chegada da covid-19 a solo brasileiro, em fevereiro do ano passado.

Com os dados difundidos hoje pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no país, que atravessa agora o seu momento mais critico da pandemia com sucessivos recordes de casos e óbitos, ascendeu a 160 mortes e 6.234 casos por 100 mil habitantes.

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Apesar da grave situação que o Brasil enfrenta, o cenário deverá agravar-se nas próximas semanas, podendo chegar a 5.000 mortes diárias por covid-19 no final do mês, quando será o pico da nova vaga da pandemia no país, segundo a Universidade Federal Fluminense (UFF).

São Paulo, foco da pandemia no país, bateu hoje um novo recorde de mortes por covid-19 ao registar 1.389 óbitos em 24 horas, elevando o total de vidas perdidas para 78.554, naquele que é o Estado mais rico e populoso do país.

Além disso, foram ainda contabilizados 22.794 novos casos de infeção, totalizando 2.554.841 infetados.

Ainda em São Paulo, pelo menos 555 pessoas com covid-19 ou com suspeitas de terem contraído a doença não resistiram à espera por uma cama nas Unidades de Terapia Intensiva e morreram desde o início de março, segundo um levantamento feito pela rede Globo.

Face à grave situação que o país atravessa, o médico norte-americano Anthony Fauci, líder no combate à covid-19 nos EUA, defendeu que o Brasil “considere seriamente” aplicar ‘lockdown’ (confinamento obrigatório), medida a que o Presidente, Jair Bolsonaro, se opõe totalmente.

“Não há dúvida de que medidas severas de saúde pública, incluindo ‘lockdowns’, têm-se mostrado muito bem-sucedidas em diminuir a expansão dos casos. Então, essa é uma das coisas que o Brasil deveria pensar e considerar seriamente dado o período tão difícil que está a passar”, argumentou Fauci, em entrevista à BBC News Brasil.

O executivo estadual do Amazonas, região que viu dezenas de pacientes morrerem asfixiados por falta de oxigénio no início deste ano e onde foi detetada uma nova estirpe do vírus (P.1), prevê uma terceira vaga da pandemia de covid-19 no Estado em maio.

Em declarações à CNN Brasil, o governador, Wilson Lima, afirmou que a unidade federativa já se está a preparar para fazer estoque de cilindros de oxigénio e tenta finalizar a tempo dessa possível terceira vaga uma fábrica de oxigénio hospitalar.

Ainda segundo o governador, todos as camas hospitalares ficarão abertas à espera do agravamento da pandemia, deixando assim de receber pacientes infetados transferidos de outras regiões.

Contudo, Lima rejeita decretar o encerramento do comércio até que haja um aumento significativo no número de mortos.

“Não consigo ficar muito tempo fechado, porque a população é muito pobre. É o vendedor de picolé [gelados], que trabalha para conseguir o jantar. Tenho que apresentar essa janela de flexibilização ou quebro alguns setores”, explicou o governador do Amazonas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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