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Covid-19: Médico de Coimbra relativiza elogios ao BCG

Rui Avelar | 4 anos atrás em 14-05-2020

O médico Mário Loureiro considerou, hoje, que ainda “nenhum impacto” da imunização do BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) é conhecido como preventivo em relação à covid-19.

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A posição científica tem-se pautado pela expectativa, havendo vários estudos em curso para avaliar o eventual benefício da vacinação contra a tuberculose, designadamente em trabalhadores da saúde, vincou o pneumologista em declarações a NOTÍCIAS de COIMBRA.

Embora o objectivo da administração do BCG consista em prevenir a tuberculose, alguns estudos sugerem que a sua aplicação induz uma resposta imune inespecífica, que pode ter efeitos protectores para além do bacilo ‘Mycobacterium tuberculosis’, designadamente em infecções por vírus”, esclarece o delegado em Coimbra da Fundação Portuguesa do Pulmão e antigo director de serviço no CHUC.

O médico reconhece, por outro lado, que em países como Portugal e a Roménia, onde a vacinação com BCG foi feita em larga escala, há taxas de mortalidade por covid-19 relativamente baixas.
“Pessoalmente, não me parece haver grande vantagem [na administração do BCG a pensar no novo coronavírus], porque nos casos graves de covid-19 não há falta de resposta da imunidade inespecífica; antes pelo contrário, surge ‘tempestade imunitária’, originando graves problemas inflamatórios”, adverte Mário Loureiro.

Acerca da eventual relação de vantagem do BCG quanto ao novo cooronavírus, o pneumologista alude a uma perspectiva sedutora, que, porém, se lhe afigura “pouco provável”.

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A vacina BCG foi desenvolvida, no século XX, a partir de um bacilo vivo, o ‘Mycobacterium bovis’, bactéria responsável pela transmissão da tuberculose entre bovinos, cuja virulência foi atenuada para conferir imunidade contra a tuberculose humana.

O produto deve o seu nome aos imunologistas franceses Albert Calmette e Camille Guérin.

Em Portugal, a vacinação deixou de ser feita, de forma universal, à nascença, em 2017, tendo passado a ser administrada a crianças de famílias com risco acrescido para a tuberculose ou que vivem numa comunidade com elevada incidência da doença.

 

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