Portugal

Covid-19: Linha SOS Voz Amiga regista aumento de pedidos de ajuda

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-03-2020

A Linha SOS Voz Amiga registou nas últimas semanas um aumento de chamadas de pessoas “angustiadas” com a “fase difícil” que o país e o mundo atravessam com a pandemia de Covid-19, disse hoje o presidente do serviço.

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“Pessoas com depressão e outras doenças do foro mental, sentem-se mais angustiadas e a percentagem de apelos ronda os 40%, visivelmente superior aos valores médios do ano passado”, adiantou à agência Lusa o presidente da Associação Voz Amiga.

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Francisco Paulino sublinhou que apesar de Portugal estar em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, “a generosidade dos voluntários do SOS Voz Amiga, com o apoio técnico da Altice Portugal”, permite que a primeira linha telefónica de ajuda em Portugal continue disponível diariamente entre as 16:00 e as 24:00.

“Nestas últimas semanas e em termos comparativos com os números de 2019, em que a solidão foi o tema mais colocado (cerca de 25%), nos apelos que chegaram à nossa Linha de apoio, esse valor subiu para 37% do total das chamadas”, sublinhou.

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Em termos gerais, os apelos recebidos em 2019 totalizaram 6.270 chamadas (50% mais que em 2018) e apesar de o primeiro trimestre ainda não ter terminado, “tudo leva a crer que no final deste ano teremos valores semelhantes ou mesmo superiores”, disse Francisco Paulino.

Além dos apelos relacionados com o problema da solidão, a linha de apoio em situações agudas de sofrimento da SOS Voz Amiga (213 544 545, 912 802 669, 963 524 660) continua a ter pedidos de ajuda em que os problemas afetivos, familiares, desemprego e ideias de suicídio, são causadores de sofrimento.

Se em 2019 ainda eram as mulheres que mais ligavam, embora já com números próximos das chamadas dos homens, atualmente os apelos dividem-se em percentagens praticamente idênticas,

“No que à solidão diz respeito e sem querermos fazer extrapolações, neste período mais crítico e ainda curto, as chamadas colocadas por homens têm sido em maior número, acontecendo a mesma tendência nas chamadas sobre depressão e demais doenças do foro mental”, disse o responsável.

Quanto à idade dos apelantes, as chamadas repartem-se transversalmente, entre os 18 e os maiores de 65 anos. “São muito poucos os apelos feitos por menores de 18 anos”, observou.

“Vamos continuar deste lado, oferecendo como ombro o ouvido e juntos ultrapassaremos esta fase mais negativa das nossas vidas! Se se sentir angustiado seja por que motivo for, não hesite em ligar para a SOS Voz Amiga”, apelou Francisco Paulino.

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