Saúde

Covid-19: Estudo mostra que infeção não imuniza jovens e é necessária a vacina

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 16-04-2021

A infeção pelo novo coronavírus e a presença de anticorpos dá alguma proteção contra reinfeções em jovens adultos, mas não os torna imunes e a vacina é necessária para aumentar a resposta imunitária, concluiu um estudo hoje divulgado.

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A investigação, conduzida por cientistas de um conjunto de instituições, e publicada na revista científica Lancet, indicou que mesmo no caso de quem já foi infetado pelo SARS-CoV-2, a vacina contra a covid-19 “continua a ser crucial” para aumentar a imunidade, prevenir a reinfeção e reduzir a transmissão.

O estudo resulta da observação de mais de 3.000 elementos saudáveis dos fuzileiros dos Estados Unidos da América, a maioria com idades entre os 18 e os 20 anos, entre maio e novembro de 2020.

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Da análise feita durante esse período, cerca de 10% dos fuzileiros anteriormente infetados com o novo coronavírus foram reinfetados, em comparação com novas infeções em 50% dos participantes que não tinham antes sido afetados pela covid-19.

No comunicado hoje divulgado pela The Lancet Respiratory Medicine é ainda referido que os participantes no estudo que não tinham anteriormente sido infetados com o SARS-CoV-2 apresentaram um risco de infeção cinco vezes superior ao dos militares que foram anteriormente infetados, embora se ressalve que os anteriormente expostos ao vírus ainda estavam em risco de reinfeção.

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“É importante lembrar que, apesar de uma infeção anterior por covid-19, os jovens podem voltar a apanhar o vírus e podem ainda transmiti-lo a outros. A imunidade não é garantida por infeções passadas, e ainda são necessárias vacinas que proporcionem proteção adicional para aqueles que já tiveram covid-19”, salientou o professor da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, Stuart Sealfon.

A cientista do Centro de Investigação Médica da Marinha dos EUA reforçou também, citada na mesma nota, que é importante passar aos jovens a mensagem de que “a imunidade resultante de infeções naturais não é garantida, ainda é necessário vacinarem-se, mesmo que tenham tido covid-19 e se tenham recuperado”.

Da observação feita foi também possível apurar que a maioria dos novos casos eram assintomáticos, 84% no grupo dos que já tinham anticorpos, enquanto no grupo que ainda não tinha tido a infeção pelo novo coronavírus, a taxa de incidência de pessoas sem sintomas era de 68%, ou tinha sintomas ligeiros, e nenhum foi hospitalizado.

Os autores do estudo sublinharam o risco de reinfeção verificado na sua análise se poder aplicar a muitos jovens, embora admitam que as taxas exatas de reinfeções eventualmente não sejam extrapoláveis para outros locais, “devido às condições de vida aglomeradas numa base militar e ao contacto pessoal estreito necessário para o treino”.

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