Coimbra

Duas escolas de Coimbra fechadas devido a greve de pessoal não docente

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 25-01-2021
Pelo menos duas escolas de Coimbra estão hoje de manhã encerradas devido a uma greve de pessoal não docente em protesto contra a falta de ‘kits’ de proteção para higienização dos espaços, segundo o coordenador do S.TO.P.

Em declarações à Lusa, o coordenador nacional do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.), André Pestana, adiantou que a greve é local, abrangendo os trabalhadores não docentes de escolas de Coimbra.

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“Muitas escolas são usadas para o ato eleitoral. Ontem [domingo] tivemos um ato eleitoral onde participaram milhares de pessoas. Estes profissionais de educação, nomeadamente assistentes operacionais, estão a ser chamados para vir fazer limpeza em locais onde passaram milhares de pessoas sem o devido equipamento de segurança, ou seja, o equipamento que lhes dão é altamente reduzido, é uma máscara e não verdadeiramente sério”, contou.

Segundo André Pestana, na EB 1 de São Martinho, em Coimbra, os trabalhadores também não têm equipamentos com segurança para levar os alunos suspeitos para a área de isolamento criada pela escola.

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Cerca das 08:30, as escolas E.B. 1 S. Martinho do Bispo e Escola Básica de Casais estavam encerradas devido à greve, segundo o sindicato, que ainda está a apurar o encerramento de outros estabelecimentos de ensino.

“Estes trabalhadores estão também a protestar por outra situação, mas esta passa-se a nível nacional. O Governo anunciou o encerramento das escolas devido ao confinamento que todos temos de fazer e muito bem (…). Mas ficámos perplexos por saber que em muitas escolas o pessoal não docente e não só estão a ser chamados para as escolas para cumprir o horário de trabalho na íntegra”, adiantou.

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De acordo com André Pestana, esta situação não se justifica porque não há alunos nas escolas.

“Nós admitimos que se justifique um horário mínimo, escalas. Tudo isso é razoável, mas serem chamados para cumprir o horário na íntegra quando não há alunos nas escolas é de facto um desrespeito pela saúde destes profissionais, das suas famílias e de todos nós”, disse.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na semana passada o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus.

António Costa justificou a medida, por “princípio de precaução”, com o aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 8% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.

O chefe do Governo afirmou que os 15 dias de interrupção serão compensados num outro período de férias e assegurou que haverá medidas de apoio às famílias semelhantes às que vigoraram durante o primeiro confinamento, na primavera de 2020, como faltas justificadas para as pessoas que tenham filhos com menos de 12 anos e não estejam em teletrabalho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.121.070 mortos resultantes de mais de 98,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 10.469 pessoas dos 636.190 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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