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Saúde

Covid-19: Atribuição de certificados de imunidade tem de ser vista com cuidado – imunologista

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 06-04-2020

A imunologista japonesa Akiko Iwasaki afirmou hoje que a atribuição de certificados de imunidade a pessoas com anticorpos contra o coronavírus da covid-19 “tem de ser considerada com cuidado”, uma vez que estas pessoas podem não estar totalmente imunes.

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Akiko Iwasaki, que participou hoje numa videoconferência promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian sobre as respostas sanitárias, económicas e políticas à covid-19, disse que a concessão de um “passaporte para a imunidade” desta doença respiratória, defendida pela Alemanha, “tem de ser considerada com cuidado”, pois “ter anticorpos”, por si só, contra o coronavírus SARS-CoV-2 “não significa” que “se vai estar protegido de uma reinfeção” ou que “não se vai contagiar” alguém.

Segundo a investigadora da Yale School of Medicine, nos Estados Unidos, as pessoas com anticorpos “podem potencialmente transmitir o vírus”, pelo que “é muito cedo” pensar que estão protegidas e não vão transmitir a infeção.

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Corroborando a cautela de Akiko Iwasaki, o diretor do Instituto Pasteur, Stewart Cole, defendeu que é preciso “mais tempo” para se saber quais os “anticorpos específicos” que se vão ligar ao coronavírus e conferir uma proteção do organismo contra a covid-19.

Nesse sentido, o microbiologista sublinhou que “é muito cedo” para dizer que tipo de vacina, que induz a produção de anticorpos, será mais eficiente para prevenir a doença. 

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Os anticorpos são glicoproteínas produzidas e expelidas pelas células plasmáticas – células que existem no soro sanguíneo – para responder a uma substância estranha ao organismo, como um vírus ou uma bactéria.

A Alemanha pretende atribuir certificados de imunidade às pessoas para evitar que as medidas restritivas de contenção da propagação da pandemia, como o isolamento social, estrangulem a economia do país e as pessoas possam regressar aos poucos à sua vida normal, nomeadamente trabalhar.

​​​​​​​O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declará-lo como uma pandemia.​​​​​​​

Portugal, em estado de emergência até 17 de abril, regista ​​​​​​311 mortes e 11.730 infeções, segundo o balanço divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde.

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, havendo 140 doentes que recuperaram desde que a doença foi confirmada no país, em 02 de março.

 

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