Política

Cotrim Figueiredo quer levar o liberalismo para um Governo PSD

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 27-01-2022

A `mira´ de Cotrim Figueiredo esteve desde o arranque da campanha apontada ao PS e, depois, ao PSD, a quem diariamente recordou que este precisa da “energia” da Iniciativa Liberal para mudar Portugal porque o “liberalismo funciona e faz falta”.

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As críticas a António Costa e à sua “falta de capacidade” para pôr o país a crescer foram uma constante no discurso do liberal, estendendo-se ao BE e ao PCP, nomeadamente à ‘geringonça’ que, vaticinou, “está a dias do fim”.

Além do PS, o liberal direcionou a sua atenção para o PSD, advertindo Rui Rio de que a “única” alternativa ao socialismo é um governo de direita com PSD, IL e, se a aritmética o permitir, CDS.

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Desta equação, Cotrim Figueiredo excluiu sempre o Chega, tendo até dado a sua palavra em como “nunca” viabilizará uma solução governativa que envolva o partido de André Ventura.

Na primeira semana, Cotrim Figueiredo foi dizendo que o líder social-democrata seria um bom primeiro-ministro se tivesse a seu lado a Iniciativa Liberal para o manter “ambicioso”.

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Contudo, na segunda metade da campanha, e depois de ver Rui Rio disponível para formar um bloco central, o liberal partiu ao ataque, intensificou as críticas e disse mesmo que “um governo do PSD sem a IL seria igual a um governo PS”.

Garantindo que a discussão de cargos ou pastas num futuro governo é uma “preocupação secundária”, o líder da Iniciativa Liberal assumiu, todavia, que a economia, saúde, administração interna ou modernização administrativa são áreas em que é “forte”.

Além destas “picardias” políticas, Cotrim Figueiredo reforçou, a cada dia, que o “liberalismo funciona e faz falta” e que o país “precisa de crescer, mas para crescer precisa de mudar e para mudar precisa da Iniciativa Liberal”.

A par destas mensagens, o liberal insistiu na necessidade de reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), privatizar imediatamente a TAP e aplicar uma taxa única do IRS de 15%.

Com forte presença de militantes mais novos, a emigração de mão de obra qualificada foi, igualmente, um assunto recorrente por parte do presidente da Iniciativa Liberal que, disse, ser preciso travar.

Estes foram os motivos que Cotrim Figueiredo foi dando ao eleitorado para votar em si no próximo dia 30 de janeiro, embora o contacto com as pessoas fosse reduzido.

A campanha, que se fez essencialmente de reuniões de trabalho com administrações de hospitais, de universidades e de escolas, associações empresariais e ordens profissionais, arrancou “tímida” e só “ganhou maior fôlego” na reta final com idas a feiras, mercados, arruadas, uma delas noturna, e passeios à beira-mar.

Nenhuma destas ações concentrou grandes aglomerados de pessoas, à exceção da arruada noturna entre o Cais de Sodré e Santos, em Lisboa, na sexta-feira passada, que juntou dezenas de jovens, e do comício, no dia a seguir, no Mercado de Santa Clara, igualmente na capital.

Ao longo destes dias, o liberal passou por oito dos 18 distritos, Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Viseu, Aveiro, Porto e Braga, depois de já ter percorrido o país na pré-campanha.

Entre estes, Lisboa e Setúbal foram aqueles onde Cotrim Figueiredo passou grande parte dos dias com aqueles a Norte a ocuparem a agenda dos últimos três dias.

João Cotrim Figueiredo foi o primeiro deputado da história da Iniciativa Liberal quando conseguiu a sua eleição nas legislativas de estreia, em 2019.

Na altura, não era ainda o presidente do partido, cargo que veio a assumir poucos meses depois, após a saída de Carlos Guimarães Pinto, agora cabeça de lista pelo distrito do Porto.

Os objetivos eleitorais traçados para 30 de janeiro são claros: 4,5% dos votos e cinco mandatos.

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