Coimbra

Cota de cheia pode limitar desenvolvimento urbanístico na estação de Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 05-02-2024

Imagem: Imagem do arquivo

A subida de dois metros da cota de cheia junto ao açude-ponte, no rio Mondego, poderá limitar “substancialmente o desenvolvimento urbanístico e edificado” junto à futura estação intermodal de Coimbra, afirmou hoje a Câmara.

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A subida de dois metros da cota de cheia sem qualquer investimento associado que possa mitigar ou reduzir o nível de risco “limita substancialmente o desenvolvimento urbanístico e edificado de todo aquele espaço”, disse a vereadora com o pelouro do urbanismo e mobilidade da Câmara de Coimbra, Ana Bastos.

Para a responsável, a grande dificuldade sentida no desenvolvimento do Plano de Pormenor da Estação Intermodal de Coimbra (PPEIC) centra-se no Plano de Gestão dos Riscos de Inundações, que se apresenta como “a principal condicionante” ao plano que está a ser desenhado pelo arquiteto catalão Joan Busquets.

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O atual plano de gestão baseia-se no “nível de risco da situação atual, sem prever qualquer investimento adicional para regularização dos caudais [do Mondego] a montante do açude-ponte [em Coimbra] e assim mitigar ou reduzir substancialmente o nível de risco”, notou Ana Bastos.

De acordo com a vereadora, a construção da barragem de Girabolhos, em Seia (distrito da Guarda), entre outros investimentos, seria uma infraestrutura “essencial para o controlo do risco de cheia”.

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Segundo Ana Bastos, o PPEIC, integrado no lote B da primeira fase de investimento da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, continua “em desenvolvimento”, avançando com estudos de especialidade, como o mapa de ruído, avaliação estratégica ambiental e estudo de tráfego.

A vereadora anunciou ainda que a 15 de março será feita uma sessão pública de discussão do PPEIC ao longo de todo o dia, com a presença de Joan Busquets.

“A Câmara de Coimbra considera que importa promover um novo momento de participação pública, de forma a recolher sugestões e contributos por parte de todos os interessados. A instabilidade política criada no nosso país, conjugada com a disponibilidade de agenda do senhor arquiteto Joan Busquets, remeteu essa sessão para o próximo dia 15 de março, numa sessão que deverá decorrer durante o dia inteiro, envolvendo momentos mais institucionais e momentos de debate, aberto a todos os interessados”, referiu.

Nessa sessão, será apresentada uma maquete física tridimensional do plano, para ajudar a percecionar “a integração da estação nos espaços circundantes, assim como a sua articulação e ligação à cidade consolidada”.

A maquete estará, após essa sessão, nos Paços do Concelho, disponível para avaliação e análise por parte dos munícipes, estando previsto “um período alargado” para recolha de sugestões e contributos.

“Em termos de calendarização, importa fechar o conteúdo do plano até ao do verão de 2024, reservando os últimos meses do ano para a sua formalização, discussão pública e aprovação final”, salientou a vereadora.

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