Coimbra

Contrato com “amiga do Zé” continua por conhecer no Município de Coimbra

António Alves | 3 horas atrás em 14-07-2025

O vereador socialista Rui Alírio questionou segunda-feira o contrato de serviços de
marketing com a empresária Nirit Harel em junho de 2022.

Na intervenção feita durante o Período Antes da Ordem do Dia da reunião do executivo, o contrato assinado nesse ano tinha a duração de seis meses mas só foi concluído no início de 2025.

“Desde então, não foi divulgado qualquer relatório de execução nem apresentados publicamente resultados concretos do trabalho desenvolvido. A autarquia prometeu divulgá-los, mas até hoje continuamos sem respostas claras”, disse o vereador.

PUBLICIDADE

No seu entender, a ausência de informação “coloca sérias preocupações, sobretudo quando estão
em causa fundos públicos e um objetivo estratégico tão crítico como a atração de investimento e empresas para Coimbra”.

Rui Alírio lembrou o CoimbraTech Challenge, “promovidas por entidades alegadamente associadas à mesma empresária, decorrem sem que a câmara esclareça qual a sua relação com essas ações, quais os resultados esperados ou quais os parceiros envolvidos”.

Outro dos projetos é a marca “Baixinova”, “agora registada por Nirit Harel e apresentada como uma “aldeia de inovação””. “Vale a pena perceber o papel e a opinião da Câmara neste processo, para se entender com clareza a orientação e o controlo político deste processo”, frisou.

Perante estas dúvidas, questionou o executivo sobre “o resultado efetivo do contrato com Nirit Harel” e “onde está o relatório de execução do serviço”. Por outro lado, quer saber “qual é hoje a relação institucional ou contratual da Câmara com esta empresária” e “qual é o envolvimento da autarquia no CoimbraTech Challenge”, bem como “qual é a posição da Câmara sobre a marca “Baixinova””.

Do lado do executivo, o presidente José Manuel Silva recordou que o contrato ainda se mantém em vigor, garantindo que o objetivo do CoimbraTech Challenge será o lançamento de um concurso inovador a nível nacional já que se trata de um concurso para acolher startups internacionais no concelho.

“Devido à sua complexidade, teve de ser transferido para o mês de outubro”, disse, frisando que este concurso permitirá que a cidade passe a ser, para além de uma cidade com talentos mas também com “capacidade para instalar talentos internacionais”.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE