Até ao final da manhã de sábado foram assistidas 50 pessoas na Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria com sintomas relacionados com a contaminação que se verificou na sexta-feira na água da praia da Nazaré.
A informação foi adiantada à agência Lusa por fonte da ULS, que aludiu ao levantamento e aos inquéritos feitos pela Unidade de Saúde Pública, e que vão sendo atualizados.
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De acordo com a ULS da Região de Leiria, foram assistidas 28 crianças e 22 adultos.
A praia da Nazaré foi interditada a banhos na sexta-feira, após uma falha técnica que originou uma descarga nos esgotos pluviais e maus cheiros.
O presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, confirmou à Lusa que deram entrada no hospital especialmente jovens com sintomas de gastroenterite, com náuseas e vómitos, e que “tinham em comum terem estado na praia”, mas o autarca acredita que a situação já esteja resolvida.
Manuel Sequeira informou que o delegado de saúde entregou na sexta-feira uma amostra da água para análise no Instituto Ricardo Jorge e tem a expectativa de que hoje, até ao final da tarde, receba o resultado, que espera favorável, e que no domingo já esteja reposta a normalidade.
“Nós achamos que, neste momento, a praia está em condições, mas só podemos abri-la após a constatação de que as análises vêm favoráveis”, disse à agência Lusa o presidente do município da Nazaré, no distrito de Leiria.
Segundo o autarca, todos os organismos estão em articulação e, assim que estejam confirmadas as condições para a utilização normal da praia, os banhos passam a ser permitidos.
Sobre as indisposições relacionadas com a contaminação, o presidente da autarquia não apontou números precisos e admitiu que possam surgir mais casos, embora tenha reforçado que a situação que originou o problema já está ultrapassada.
“É evidente que agora vão dar entrada mais, até porque, a haver contaminação, a incubação das bactérias pode durar alguns dias, e é normal que, entre hoje e amanhã, apareça mais um ou outro [caso], mas felizmente está tudo controlado”, frisou Manuel Sequeira.
A autarquia explicou na sexta-feira, em comunicado, que “uma ocorrência técnica registada recentemente no sistema pluvial originou uma escorrência anómala, acompanhada de maus odores junto à linha de costa”.
Apesar de a situação ter sido de imediato identificada e resolvida, e de não existirem “sinais visíveis de escorrência ou maus cheiros”, a autarquia pediu análises à água à saída da conduta, para “garantir a qualidade da água e a segurança da população”.
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