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“Contágio ou fome” é a escolha dos trabalhadores informais

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 07-05-2020

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou hoje um novo relatório no qual relata que a pandemia de covid-19 está a forçar os trabalhadores da economia informal a escolherem entre “o contágio ou a fome”.

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As medidas de confinamento estão a afetar 80 por cento dos dois mil milhões de trabalhadores da economia informal e “ameaçam aumentar os níveis de pobreza” entre este grupo, alerta a OIT.

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Mais presentes nas regiões América Latina, Estados Árabes e África, os trabalhadores da economia informal trabalham sobretudo nos setores de alojamento, alimentação, comércio, manufatura e agricultura e não têm, na maioria, outra forma de sustento.

Portanto, enfrentam o dilema de “morrer de fome ou do vírus”, resume a OIT.

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Perante essa escolha, estes trabalhadores acabam por representar um risco sanitário e podem vir a ser um “foco de tensão social em países com economias informais significativas”.

O desemprego é “uma ameaça tão grande como o vírus” para os 67 milhões de pessoas que fazem trabalho doméstico, em que as mulheres e os migrantes são particularmente afetados.

“A crise de covid-19 está a exacerbar as desigualdades e vulnerabilidades já existentes”, realça Philippe Marcadent, da OIT, apelando a que as respostas políticas garantam que o apoio chega “aos trabalhadores e às empresas que dele mais precisam”.

Nos países com rendimentos elevados, a pobreza entre os trabalhadores informais deverá aumentar em 52 pontos percentuais, estima a OIT.

Entre as recomendações, a OIT destaca a necessidade de as medidas adotadas para enfrentar a crise “reduzirem a exposição dos trabalhadores informais ao vírus, garantirem que os infetados têm acesso a cuidados de saúde, proporcionarem rendimento e apoio para alimentação e prevenirem danos no tecido económico dos países”.

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