O stress provocado pelas sucessivas noites sem dormir dificultava não só a vida sexual dos moradores, como também “a própria possibilidade biológica de conceber uma vida”, segundo um dos relatos de residentes do prédio onde funcionava a famosa discoteca Kremlin, em Lisboa. A discoteca foi agora encerrada por decisão judicial.
Segundo o acórdão do tribunal, citado pelo Jornal de Notícias, a decisão baseou-se em relatórios de medição de som e depoimentos dos moradores, que comprovaram que o barulho ultrapassava os limites legais. Os residentes queixavam-se de dificuldades para adormecer devido ao “ruído estrutural”, que se propagava pelas paredes e chão do edifício, causando impactos na saúde e bem-estar.
O acórdão ressalta que, apesar de a discoteca ter um limitador de som instalado desde 2018, este foi configurado quando o prédio ainda não tinha moradores e, portanto, não protegia as habitações mais próximas.
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A discoteca Kremlin abriu em 1987, esteve encerrada entre 2011 e 2016, e funcionava habitualmente entre as 23:00 e as 6:00, com lotação máxima de 600 pessoas.
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