Hoje em dia, viajar de carro sem recorrer a aplicações como Google Maps, Waze ou Apple Maps parece quase impensável. Estas ferramentas tornaram-se aliadas indispensáveis para milhões de condutores, guiando-os mesmo em percursos completamente desconhecidos. No entanto, essa confiança cega na tecnologia pode sair cara — literalmente.
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Um estudo recente realizado na Holanda revela um dado surpreendente: os condutores que utilizam aplicações com alertas de radares têm o dobro das probabilidades de serem multados em comparação com os que não recorrem a estas funcionalidades.
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As aplicações de navegação são populares, em parte, pelas notificações de radares — sejam fixos ou móveis. A lógica parece simples: receber um alerta permite abrandar e evitar uma possível infração. Mas a investigação prova que o efeito pode ser o oposto.
De acordo com o estudo, 41% dos utilizadores que dependem destes alertas foram multados no último ano, contra apenas 19% dos que não os usam. O motivo? Uma falsa sensação de segurança. Acreditando que estão protegidos pelos avisos, muitos condutores excedem os limites de velocidade com maior frequência — confiando que a app “avisa a tempo”.
A faixa etária entre os 18 e os 29 anos destacou-se negativamente: são os condutores que mais arriscam e que mais aparecem nas estatísticas de infrações por excesso de velocidade. A confiança excessiva nas aplicações poderá estar a alimentar comportamentos de maior risco.
Com o verão a aproximar-se e o previsível aumento de tráfego nas estradas portuguesas, este é o momento ideal para repensar os hábitos de condução. As apps de navegação continuam a ser ferramentas valiosas, mas não substituem a responsabilidade ao volante, pode ler-se no Leak.
Se o objetivo é evitar multas — e manter todos em segurança —, não há fórmula mais eficaz do que cumprir os limites de velocidade. Afinal, nenhuma aplicação conhece melhor a estrada do que o próprio condutor… atento.
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