Portugal

Conferência Episcopal destaca papel do escutismo na educação, ecologia e paz

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 meses atrás em 14-05-2023

A Conferência Episcopal Portuguesa destacou hoje o papel complementar do Escutismo nas instâncias educativas, por ocasião do centenário do Corpo Nacional de Escutas (CNE), assinalando ainda o compromisso deste movimento da Igreja Católica pela paz e ecologia.

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“O Escutismo desempenha na sociedade um papel complementar das demais instâncias educativas. A sua relevante pedagogia tem provas dadas pelo mundo inteiro e ao longo de mais de um século, sem perder a sua pertinência”, refere uma nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Na nota, a CEP assinala que o Escutismo, anunciado como o maior movimento de jovens do mundo, “ainda antes de se acentuar a consciência ecológica na sociedade”, já “promovia uma maneira de estar em perfeita harmonia com o meio ambiente e a natureza”, dando “um assinalável contributo no crescimento da consciência comunitária do respeito para com a Criação”.

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Os bispos realçam, também, o compromisso do Escutismo “com a construção da paz e com o respeito para com todos, patamar comum para o entendimento entre diferentes nações, culturas e religiões”, sustentando que esta “vertente ecuménica e inter-religiosa constitui um estímulo e um sinal de esperança, num mundo assolado por guerras e divisões”.

Sobre os 100 anos do Escutismo Católico Português, que se assinalam no próximo dia 27, a CEP reconhece que o percurso do CNE “nem sempre foi linear”, tendo vivido “momentos atribulados, como aliás o próprio país e a Igreja”, mas “a perseverança, a resiliência e a fé de muitos permitiram manter o rumo, superando os obstáculos”.

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Citando o lema escutista – “sempre alerta para servir” –, a CEP considera que “promover autenticamente as diretrizes escutistas, privilegiando o serviço aos mais pobres, doentes e necessitados, é um caminho que pode potenciar o desabrochar da vocação cristã no seio da Igreja”.

Por outro lado, sublinha que, “em comunhão com o magistério da Igreja, há valores inalienáveis que um escuteiro católico deve defender e promover”, como “o valor da própria vida humana, integrada na família, dom sagrado e inestimável de Deus”.

Quanto aos desafios, elencados, igualmente, em nota pastoral, por ocasião do 90.º aniversário do CNE – identidade, abertura, integração, comunhão e evangelização -, os bispos afirmam que permanecem, “pois são constitutivos da própria realidade da Igreja”.

Adiantando que “o desafio da salvaguarda e valorização da identidade do Corpo Nacional de Escutas se tornou ainda mais premente” face às mudanças sociais e culturais, a CEP salienta que “a abertura surge associada à própria missão do CNE”.

“Em vista desse propósito, o CNE assume o seu papel ativo na sociedade, preparando e incentivando os seus membros para darem o seu contributo em projetos, iniciativas e serviços que visam o bem comum na Igreja e no mundo”, acrescenta.

Já a integração pressupõe convidar “aquele que está fora, no respeito pela sua liberdade e individualidade, representando também uma atenção às chamadas periferias”, mas “integrar só faz sentido se implicar uma determinada proposta e não se consistir numa relativização de todas as propostas”, adverte o episcopado.

Aos seus membros (cerca de 72 mil associados no país, de acordo com o sítio na Internet do CNE), os bispos propõem “um renovado desafio da fidelidade”, que “pressupõe perseverança para superar obstáculos”, bem como “o constante alimento da fé na oração, na proximidade com a Palavra de Deus, na vida sacramental e no exercício da caridade”.

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