Cidade

Concurso público mais participado de sempre ‘deu’ imagem oficial a Coimbra Capital da Cultura

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 13-04-2021

A imagem oficial da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, que será divulgada na quarta-feira, resultou do concurso público mais participado de sempre no município, afirmou Luís de Matos, coordenador do Grupo de Trabalho do projeto.

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“Foi, na história dos concursos públicos feitos em Coimbra, o concurso que teve mais participação, largamente mais de uma centena de concorrentes. De criadores de norte a sul do país, de nomes muito importantes do design gráfico, que viram nesta candidatura uma oportunidade de contribuir com a sua criatividade”, disse à agência Lusa o mágico Luís de Matos.

“Foi muito interessante perceber que concorreram desde grandes nomes completamente estabelecidos neste setor, até estudantes ou pessoas que tinham uma grande vontade de participar”, adiantou.

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O resultado do concurso tem sido mantido “no segredo dos deuses por uma única razão”, argumentou Luís de Matos, concretizando: “Porque merece ser partilhado com alguma formalidade e esse momento vai acontecer” na quarta-feira.

O coordenador do Grupo de Trabalho da candidatura, em funções há quase três anos, alega que tem sido feita “uma caminhada que é muito entusiasmante e que tem dado imensos frutos”.

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Luís de Matos lembrou que, desde o início, os promotores da candidatura encararam o desafio não só com o objetivo de Coimbra ser Capital Europeia da Cultura em 2027, mas como um processo “que, em si mesmo, é ainda mais importante do que a celebração, caso ela venha a ser possível”.

Se na decisão do júri, agendada para 2023, é a celebração que está em causa, o Grupo de Trabalho advoga que se pense e acredite “num amanhã melhor por via da cultura na sua mais estruturante natureza”.

“E isso é algo que ninguém nos tira e é um fruto de uma vontade coletiva”, reforçou.

Ao longo dos quase três anos de trabalho, o Grupo de Trabalho ouviu “centenas de pessoas, agentes culturais, responsáveis políticos, líderes de instituições, criadores. E este percurso já dá sinais de catapultar a região para um estado de consciência e ação cultural que é transformador”, notou Luís de Matos.

Um dos exemplos foi a criação do Conselho Municipal de Cultura (CMC), “que era um sonho de décadas”.

“Finalmente, coloca os agentes culturais na estratégia do epicentro cultural da cidade. Isto não é coisa pequena. Durante décadas reclamavam participação na estratégia cultural da cidade, finalmente o Conselho foi criado e é funcional, reúne regularmente”, sublinhou.

Outro exemplo é o “Pacto de Cidade”, elaborado pelo Grupo de Trabalho com contributos do CMC e das instituições culturais de Coimbra, aprovado por unanimidade na Câmara e Assembleia Municipal.

Luís de Matos frisou, por outro lado, que a candidatura de Coimbra 2027 “é de uma região”, englobando os 19 municípios da maior comunidade intermunicipal do país, “uma região que de forma profundamente orgânica se ergue, é uma região coesa em termos geográficos, políticos, funcionais e, acima de tudo, culturais”.

“Não é uma região artificialmente criada para concorrer a um título, é uma região consolidada”, enfatizou.

A cerimónia de quarta-feira, agendada para as 19:00 no Convento de São Francisco – que não terá público presencial devido à pandemia de covid-19, sendo transmitida nas redes sociais da autarquia e da candidatura Coimbra 2027 – para além da componente mais institucional e do “momento de partilha” da imagem da candidatura, terá uma componente artística com “representação nacional”, estando anunciadas as participações de Marisa Liz, Áurea, Pedro Abrunhosa, André Sardet e do grupo de fados conimbricense àCapella.

“É importante perceber que quando falamos de uma Capital Europeia da Cultura, não falamos de um movimento, de uma celebração, de uma ação local ou regional. Há uma coisa que costumamos dizer e que resume a candidatura: Coimbra quer ser a capital cultural de um país chamado Europa, em que Portugal é a área metropolitana precisamente dessa capital”, disse Luís de Matos.

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