Coimbra

Concelhia é contra inclusão do CDS em coligação à Câmara de Coimbra e acusa o candidato de “déspota”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-05-2021

A concelhia do CDS-PP afirmou hoje que a inclusão do partido na coligação Juntos Somos Coimbra, liderada pelo ex-bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva, foi feita à sua revelia, acusando o candidato de “déspota”.

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A comissão política concelhia centrista afirmou hoje, em comunicado, que não vai integrar a coligação apresentada hoje e que na base dessa decisão “encontra-se a atitude irredutível, déspota, unilateral e pouco transparente” adotada pelo cabeça de lista.

O vereador na oposição e ex-bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva anunciou hoje que vai liderar uma coligação com sete partidos à Câmara de Coimbra, contando ainda com a participação “informal” do movimento independente Somos Coimbra, pelo qual foi eleito em 2017.

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Num comunicado enviado à agência Lusa, o CDS de Coimbra acusa José Manuel Silva de desrespeito em relação à estrutura local nas reuniões realizadas, sempre de “mãos dadas com a comissão política distrital e com a conivência da direção nacional do CDS-PP, num claro atropelo aos estatutos e regulamento autárquico” do partido.

A 28 de abril, relata, no momento da chegada do coordenador autárquico concelhio do CDS a uma reunião onde seria assinado o acordo, o documento já se encontrava assinado pelo PSD, pelo Somos Coimbra e pelo presidente da concelhia, Américo Petim.

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“Esta situação levou à retirada da confiança política a Américo Petim”, que não estava mandatado pela concelhia para a assinatura do acordo, refere o comunicado.

A comissão política local decidiu “propor a sua retirada da coligação”, considerando que José Manuel Silva “não será o melhor timoneiro de uma cidade como Coimbra, se não sabe sequer conduzir uma negociação de coligação, ainda que complexa”.

A concelhia envia ainda em anexo um alegado acordo autárquico assinado pelas diversas forças políticas que participam no projeto e pelo próprio movimento independente Somos Coimbra (que formalmente está impedido de concorrer às autárquicas numa coligação).

“A única especificidade que ficou devidamente firmada foram os lugares que cada partido irá ocupar nas listas à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Coimbra”, notou a concelhia.

Na apresentação da coligação, José Manuel Silva, confrontado pelos jornalistas, referiu que a coligação tem “a assinatura no acordo do presidente da concelhia, da distrital” e ainda “por escrito o aval deste acordo pelas estruturas nacionais” do partido.

O presidente da distrital, Jorge Almeida, frisou que o acordo foi assinado pelo presidente da concelhia, “eleito democraticamente”, e que a distrital aprovou por unanimidade o acordo.

“O CDS está empenhadíssimo em colaborar na mudança de rumo da Câmara de Coimbra”, disse à agência Lusa Jorge Almeida, referindo que não tem qualquer informação de que Américo Petim tenha deixado de ser presidente da concelhia.

Américo Petim, questionado pela Lusa, frisou que ainda é presidente da concelhia, mas confirmou que lhe foi retirada a confiança política e que manifestou nesse mesmo momento a sua intenção de renunciar ao cargo, coisa que ainda não fez.

“Quando assinei o acordo, estava como presidente, com os meus plenos direitos, de modo que o acordo está assinado. Não há nada a alterar”, acrescentou, salientando que não se revê na posição da concelhia.

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