Coimbra

Comunidades intermunicipais do Centro exigem ao Governo conclusão do IC6 e IC7

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 15-04-2014

As comunidades intermunicipais da Região de Coimbra e das Beiras e Serra da Estrela defenderam hoje a conclusão do IC6 e do IC7, considerando o seu adiamento “uma irracionalidade económica”.

As duas comunidades, em conferência de imprensa realizada em Oliveira do Hospital, tomavam posição sobre o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+) para o período de 2014-2020, que o Conselho de Ministros aprovou na semana passada.

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“A exclusão da conclusão do IC6 e IC7 é uma irracionalidade económica face ao volume das exportações dos concelhos servidos e põe em causa dois dos objetivos deste plano – ‘Promover a coesão social e territorial, assegurando a mobilidade de pessoas e bens, em todo o país’ e ‘Contribuir para o crescimento económico’”, afirmam os autarcas das duas comunidades num documento distribuído aos jornalistas.

As comunidades da Região de Coimbra e das Beiras e Serra da Estrela criticam o Governo pelo “abandono do investimento nas acessibilidades rodoviárias ao interior” da região.

“Se há parcela do território nacional onde se devem desenvolver políticas públicas de discriminação positiva é este conjunto de municípios do interior da Região Centro, onde a falta de acessibilidades continua a ser um fator de regressão demográfica e de perda de competitividade”, salientam os conselhos intermunicipais (CI) das comunidades.

O presidente da comunidade da Região de Coimbra e presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, eleito pelo PS, disse que a não conclusão do IC6 e IC7 traduz “uma frustração de expectativas, que agora se densificam”.

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Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã e do Conselho Intermunicipal da comunidade das Beiras e Serra da Estrela, também do PS, corroborou as afirmações de João Ataíde.

“As vias de coesão estão por concluir”, lamentou, defendendo a necessidade de “inverter o ciclo de despovoamento” das Beiras.

João Ataíde, contrariando a opção do Governo, salientou que “há aqui um valor acrescentado”, designadamente a partir de várias empresas exportadoras que laboram em municípios do interior que integram as duas comunidades.

As comunidades da Região de Coimbra e das Beiras e Serra da Estrela manifestam “total disponibilidade para cooperar com os restantes parceiros institucionais e empresariais para que os objetivos deste PETI 3+ sejam atingidos, independentemente das análises críticas que este plano suscite”.

No entanto, “as propostas de desenvolvimento do território não podem ser desenhadas à margem dos municípios e da comunidade Região de Coimbra e da comunidade Beiras e Serra da Estrela, em particular”, alertam.

Os conselhos intermunicipais das duas comunidades vão solicitar uma audiência “com caráter de urgência” ao ministro da Economia, António Pires de Lima, para discutir estes problemas.

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