Comunidade quer demonstrar que requalificação do IP3 é mais barata do que “meia autoestrada”
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões está a desenvolver um estudo para demonstrar que a requalificação do IP3 é mais vantajosa financeiramente do que construir uma autoestrada, revelou o presidente do município de Tondela, José António Jesus.
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O autarca, que foi o autor da proposta, recorda que o seu município foi o primeiro a defender que, “se não há dinheiro para se fazer uma autoestrada nas condições políticas existentes, então que se requalifique de forma absolutamente clara o IP3, garantindo duas faixas em cada sentido com separador central”.
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O Itinerário Principal 3 (IP3) liga a fronteira de Vila Verde da Raia à Figueira da Foz, mas apenas o troço Coimbra – Viseu não tem perfil de autoestrada.
Segundo José António Jesus, o estudo pretende demonstrar que “é possível requalificar o IP3 todo, com separador central e duas faixas de circulação em cada sentido, mais barato do que eventualmente construir metade de uma autoestrada”.
“Estamos em condições de demonstrar que existe uma solução justa, racional, equilibrada e financeiramente comportável para o Orçamento do Estado”, sublinhou o presidente da Câmara de Tondela.
Salientando que há abertura do Governo para discutir a requalificação, o autarca frisa que o propósito da CIM Viseu Dão Lafões é defender um plano “que seja exequível, com um calendário conhecido por toda a gente e que se saibam o que se vai fazer com estes recursos e meios”.
“A CIM Viseu Dão Lafões está a trabalhar em modelos que possam contribuir para um diálogo que procure as melhores soluções técnicas e financeiras”, acrescentou.
A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 entregou no dia 06 uma petição na Assembleia da República, com “mais de sete mil assinaturas”, reivindicando “a melhoria e alargamento” da via, entre Coimbra e Viseu, sem introdução de portagens.
“Defendemos que todo o trajeto entre Coimbra e Viseu tenha via dupla em toda a sua extensão” (perto de 80 quilómetros) e que sejam suprimidos os cruzamentos de nível, mas sem a introdução de qualquer portagem, sublinhou à agência Lusa Álvaro Miranda, daquela associação.
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