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Como está o setor de apostas online em Portugal após um ano de pandemia?

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-04-2021

Em março deste ano completamos 1 ano de pandemia da COVID-19 em Portugal. O país, embora tenha sido considerado durante muitos meses de 2020 o “milagre europeu”, não passou ao lado dos efeitos nefastos do coronavírus. Enquanto sociedade, tivemos de nos afastar fisicamente para mantermos minimamente sob controle a propagação da doença. O que, de facto, contribuiu para reduzirmos o impacto mortal da pandemia na população do país, mas acabou por afetar negativamente a economia nacional.

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Diversos foram os setores que se viram obrigados a fechar estabelecimentos e serviços durante meses. Retalho não alimentar, restauração, ginásios, eventos, cultura e turismo foram alguns dos mais abalados pela COVID. Apesar disso, outros segmentos não só não sofreram perdas financeiras, como cresceram em números. E um desses casos é o das apostas online.

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Segundo uma reportagem do Diário de Notícias, nunca se apostou tanto online em Portugal como em 2020. Dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, o SRIJ, apontam que apenas no segundo semestre do ano passado foram apostados no país algo em torno de 3159,6 milhões de euros, entre jogos de casino e apostas desportivas. No total, as casas de apostas legalizadas em Portugal receberam ao longo de 2020 5692,2 milhões de euros dos apostadores. Ou seja: por dia, os apostadores portugueses investiram 15 milhões de euros no ano passado.

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Esse investimento representou à receita bruta das empresas um aumento de mais de 100 milhões em relação a 2019. De acordo, ainda, com a SRIJ, desde 2017 a receita das empresas reguladas em Portugal tem vindo a crescer:

  • 2017: 122,6 milhões;
  • 2018: 152,1 milhões;
  • 2019: 214,7 milhões:
  • 2020: 336,3 milhões.

Uma vez que a receita das casas de apostas aumentou, houve crescimento também nos impostos que o Estado recolheu em 2020. O total arrecadado pelo Estado fixou-se em 108,2 milhões de euros, provenientes das 25 operadoras de apostas que atuam com licença no país. 

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Mercado de apostas português atrai cada vez mais casas de apostas em busca de licença

Embora já tenha sido muito criticado por sua alta carga tributária, o modelo de licenciamento português tem se consolidado a cada ano como um modelo de relativo sucesso. Não é à toa que grandes marcas estrangeiras começam a se juntar às 25 operadoras que já estão legalizadas no país.

Recentemente, a Bwin comprou a Bet.pt por 60 milhões de euros e firmou um acordo para dar nome à Primeira Liga portuguesa. Embora a própria Bwin não tenha licença para operar em Portugal, essa parceria com a Liga indica o interesse dessa empresa internacional em oferecer os seus serviços aos apostadores portugueses. 

O momento parece bastante propício para Portugal abrir as portas a novas operadoras. É possível que nos próximos anos os portugueses possam voltar a ver a 22bet em Portugal novamente, casa que já teve o grande Nuno Gomes como embaixador, além de gigantes como a Betfair e a Bet365. 

O assunto é delicado quando se refere a casas de apostas offshore. Infelizmente, os apostadores portugueses ainda apostam em sites não legalizados no país. Além de ir contra a Lei portuguesa, esse tipo de atitude pode representar um problema psicossocial a esses apostadores, uma vez que podem ficar sem suporte em relação ao vício em jogos.

Nesse sentido, apela-se sempre para que os apostadores portugueses joguem com responsabilidade, dentro da Lei e, acima de tudo, prezando pela sua integridade financeira e emocional.

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