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Comité para a Proteção de Jornalistas calcula 61 profissionais mortos na Faixa de Gaza

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 02-12-2023

O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) calcula que pelo menos 61 jornalistas morreram na guerra entre Israel e o Hamas, uma das mais sangrentas para o jornalismo desde que a organização começou a recolher informações em 1992.

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Em 01 de dezembro, o CPJ estimava o número de mortos em 54 palestinianos, quatro israelitas e três libaneses, de acordo com o balanço publicado no seu ‘site’, que divulga os nomes, datas e circunstâncias em que os profissionais foram mortos.

O CPJ destaca que 07 de outubro foi o dia mais mortal para os profissionais de comunicação social, com seis mortes, seguido de 18 de novembro, em que morreram cinco jornalistas.

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A organização aponta também pelo menos onze jornalistas feridos, três desaparecidos e 19 detidos, bem como “múltiplos ataques, ameaças, ataques cibernéticos, censura e assassínios de familiares”.

A comissão refere que continua a investigar informações não confirmadas sobre outros jornalistas que foram assassinados, desaparecidos, abandonados, feridos ou ameaçados.

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“O CPJ salienta que os jornalistas são civis que realizam trabalhos importantes em tempos de crise e não devem ser alvo das partes em conflito”, disse o coordenador do Programa do CPJ para o Médio Oriente, Sherif Mansur, citado no ‘site’.

“Os jornalistas de toda a região estão a fazer grandes sacrifícios para cobrir este conflito angustiante. Aqueles em Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais”, observou Mansur.

O CPJ recorda que o Exército israelita reconheceu às agências Reuters e France-Presse que não pode garantir a segurança dos seus jornalistas que operam na Faixa de Gaza.

Os jornalistas na Faixa de Gaza, sublinha o comité, “enfrentam riscos particularmente elevados ao tentarem cobrir o conflito durante o ataque terrestre israelita, incluindo ataques aéreos israelitas devastadores, comunicações interrompidas, escassez de abastecimento e grandes cortes de energia”.

​A guerra começou em 07 de outubro, após um ataque do braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, incluindo o lançamento de milhares de ‘rockets’ para Israel e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes que massacraram mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram outras 240 em aldeias israelitas próximas da Faixa de Gaza.

Em retliação, as Forças de Defesa de Israel dirigiram uma implacável ofensiva por ar, terra e mar àquele enclave palestiniano, fazendo mais de 15.000 mortos, deixando cerca de 6.000 pessoas sepultadas sob os escombros e 1,7 milhões de deslocados, que enfrentam uma grave crise humanitária, perante o colapso de hospitais e a ausência de abrigo, água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

As partes cessaram as hostilidades durante uma semana no âmbito de uma trégua mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos, mas os confrontos regressaram na sexta-feira após falta de entendimento para prorrogar o acordo.

Durante a pausa nos combates, 105 reféns do Hamas foram libertados na Faixa de Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel entregou 240 prisioneiros palestinianos, todos mulheres e menores, e foi permitida a entrada de ajuda humanitária no território.

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