Comissão garante que “não foram mobilizados totalmente os meios disponíveis” no combate inicial em Pedrógão Grande

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 12-10-2017

As autoridades não tiveram “a perceção da gravidade potencial do fogo” de Pedrógão Grande, pelo que no combate inicial “não foram mobilizados totalmente os meios que estavam disponíveis”, concluiu a comissão técnica que analisou os incêndios de junho no Centro.

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De acordo com o documento, hoje entregue ao presidente da Assembleia da República, “não houve pré-posicionamento de forças, nem análise da situação com base na informação meteorológica disponível”.

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“A partir do momento em que foi comunicado o alerta de incêndio, não houve a perceção da gravidade potencial do fogo, não se mobilizaram totalmente os meios que estavam disponíveis e os fenómenos meteorológicos extremos acabaram por conduzir o fogo, até às 03:00 do dia 18 de junho, a uma situação perfeitamente incontrolável”, lê-se no relatório.

A comissão técnica independente conclui que “houve uma subavaliação e excesso de zelo na análise da fase inicial do incêndio de Pedrógão Grande”, o que contribui para que “o ataque inicial não conseguisse debelar o avanço do fogo”.

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O relatório hoje entregue no parlamento analisa os fogos ocorridos entre 17 e 24 de junho nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Penela, Oleiros, Sertã, Góis e Pampilhosa da Serra.

O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho só foi extinto uma semana depois, tal como o incêndio que teve início em Góis (distrito de Coimbra). Os dois fogos, que consumiram perto de 50 mil hectares em conjunto, mobilizaram mais de mil operacionais no combate às chamas.

O incêndio que deflagrou Pedrógão Grande, tendo alastrado a vários municípios vizinhos, causou 64 mortos e mais de 200 feridos.

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