A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio, foi hoje divulgado.
De acordo com um comunicado do Ministério da Economia e da Coesão Territorial, “a Comissão Europeia aprovou o pedido de reprogramação intercalar do programa temático Sustentável 2030 e dos programas regionais Algarve, Alentejo, Centro, Norte e Madeira 2030, que permite a Portugal assegurar o cumprimento do nível de execução previsto pela regra N+3”.
“Esta reprogramação foi feita com base nas novas prioridades estratégicas identificadas pela Comissão Europeia perante a evolução do contexto geopolítico e a necessidade de reforço da resposta a desafios estruturais da União Europeia”, refere o ministério liderado por Manuel Castro Almeida.
As cinco áreas prioritárias definidas por Bruxelas são competitividade e descarbonização; defesa e segurança; habitação acessível; resiliência hídrica e transição energética, segundo o ministério.
A tutela assinala ainda que, juntamente com estas novas prioridades, “está também associada uma maior flexibilidade na execução dos fundos da política de coesão, nomeadamente o pagamento de pré-financiamento, o aumento da taxa de cofinanciamento e a extensão do período de execução dos programas”.
Para Castro Almeida, citado no comunicado, “este foi mais um passo para assegurar que Portugal não perde nenhum euro de fundos comunitários e ultrapassar o atraso com que arrancou o PT2030”.
A reprogramação, acrescenta, é uma garantia de eliminação do “risco da ‘guilhotina’ e assegura os fundos europeus”.
Ainda assim, e mesmo com uma mudança de objetivos, mantêm-se “inalteradas as dotações iniciais dos programas”.
“No caso do programa Sustentável 2030, por exemplo, foram reforçadas as dotações para projetos no âmbito dos sistemas energéticos inteligentes e de adaptação às alterações climáticas”, refere o ministério.
Já no caso dos programas regionais “foram reforçadas as dotações em áreas como a gestão sustentável da água, desenvolvimento e fabrico de tecnologias críticas, defesa, construção em resposta a desastres naturais e habitação acessível, entre outras”.
“Com esta reprogramação, Portugal acautela que todos os programas envolvidos cumprem os níveis de execução impostos pela regra N+3, evitando a perda de cerca de 890 milhões de euros”, pois a regra “define patamares de execução ao longo do ciclo de sete anos dos programas do PT2030, ficando os envelopes financeiros sujeitos a cortes caso a incumpram”.
Na segunda-feira, já tinha sido conhecido que o Programa Regional do Centro 2021-2027 (Centro 2030) iria passar por modificações, que alargam o financiamento para habitação social e a preços acessíveis, para apoio a projetos de tecnologias críticas e para iniciativas empresariais da área da defesa.
Também na sexta-feira, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo) já tinha informado que a Comissão Europeia aprovou a reprogramação do Programa Regional Alentejo 2030, que passa agora a integrar novas prioridades como a defesa, água, habitação a preços acessíveis e sustentável e competências para a descarbonização.
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