Coimbra

Comissão do Centro confirma calotes a empresas da região de Coimbra

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-10-2019

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro) confirmou hoje a existência de 46 pedidos de pagamento de empresas de Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares apoiadas pelo Sistema de Incentivos e Empreendedorismo (SI2E).

Numa conferência de imprensa feita esta tarde em Vila Nova de Poiares pelas associações empresariais dos quatro municípios, o presidente do Núcleo Empresarial de Penela, Alfredo Simões, denunciou que, naquele concelho, foram constituídas empresas ao abrigo do SI2E que estão a passar dificuldades por falta de pagamento dos apoios.

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Contactada pela agência Lusa, a CCDR Centro, que gere o programa, confirmou que existem 46 pedidos de pagamento de empresas dos quatro concelhos, que correspondem a 597 mil euros de fundos europeus, e garantiu ter a análise concluída “num curto espaço de tempo”.

Encontram-se em análise 11 pedidos de pagamento de empresas de Penela, que solicitam 201 mil euros de financiamento, 12 pedidos de empresas da Lousã, no montante de 201 mil de euros, 11 de Miranda do Corvo, correspondente a 112 mil euros, e 12 de Vila Nova de Poiares, no valor de 111 mil euros.

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Segundo a CCDR Centro, nestes quatro concelhos estão aprovados 124 projetos, com um apoio de 5,1 milhões de euros de fundos europeus, tendo já sido analisados e financiados 15 projetos em Penela (55 mil euros), 21 na Lousã (356 mil euros), 26 em Miranda do Corvo (83 mil euros) e 14 em Vila Nova de Poiares (34 mil euros).

“O Centro 2020 aprovou até ao momento 2.546 projetos no âmbito do SI2E, com um apoio de fundos europeus de 99 milhões de euros”, refere uma nota explicativa enviada à agência Lusa, que destaca a existência de 1.291 pedidos de liquidação que levaram ao pagamento de 11,4 milhões de euros.

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As associações empresariais de Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares denunciaram hoje a existência de vários constrangimentos ao desenvolvimento local, entre eles a falta de pagamento de apoios aprovados e as acessibilidades.

“Muitos jovens empreendedores criaram a primeira empresa, fizeram as candidaturas, que foram aprovadas, investiram e, neste momento, têm dívidas, porque fizeram os pedidos de pagamento em janeiro e não receberam nada e agora têm de estar a pedir às famílias e à banca”, frisou Alfredo Simões, do Núcleo Empresarial de Penela.

Para o dirigente, esta situação “é muito perigosa”, porque incentivaram os jovens destes concelhos do interior “a ficarem por cá, a investir e criar empresas, e, de repente, já têm 50 ou 100 mil euros de dívidas”.

As quatro estruturas empresariais de Penela, Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares representam 1.500 empresas, que empregam 7.500 pessoas e faturam anualmente 800 milhões de euros.

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