Política

Comissão de inquérito da TAP delibera hoje sobre documentos pedidos pelos partidos

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 01-03-2023

A comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP vai reunir-se hoje para deliberar quais os documentos a pedir às diferentes entidades depois de os partidos terem já entregado os seus requerimentos.

PUBLICIDADE

Da agenda da reunião da comissão, que decorrerá esta tarde depois do plenário da Assembleia da República, faz parte a “deliberação sobre as diligências a efetuar e documentos a solicitar”, bem como outros assuntos.

Na reunião da semana passada, o presidente da comissão, o socialista Jorge Seguro Sanches, adiantou que os partidos teriam até terça-feira para entregar os “requerimentos fundamentados” com os seus pedidos de documentos, que serão hoje debatidos.

PUBLICIDADE

Logo no dia da tomada de posse da comissão de inquérito proposta pelo BE, a deputada bloquista Mariana Mortágua anunciou que o partido ia pedir “toda a correspondência entre a administração da TAP e as tutelas políticas nos vários ministérios sobre prémios de gestão, prémios de rescisão ou salários” da empresa.

O BE quer ainda aceder a “todos os documentos que dizem respeito à escolha da frota automóvel da TAP” e tudo o que “diga respeito à decisão de David Neeleman de trocar a frota de aeronaves e de utilizar esses recursos para pagar a própria TAP no momento da sua privatização em 2015”, entre outros pedidos.

PUBLICIDADE

publicidade

O coordenador do PS na comissão de inquérito, Carlos Pereira, adiantou na segunda-feira à agência Lusa que os socialistas querem conhecer o acordo de desvinculação de Alexandra Reis da TAP e a informação dada pelo ‘chairman’ ao Governo sobre o mesmo, bem como o relatório da Inspeção Geral de Finanças (IGF) sobre esta matéria.

O PS ainda solicitar o “parecer da sociedade de advogados SRS Advogados sobre o acordo de desvinculação estabelecido entre Alexandra Reis e a TAP” e ainda a documentação trocada entre a TAP e a CMVM, bem como excertos das atas da Assembleia Geral da TAP sobre o tema” porque é “importante perceber quem é que sabia o quê”, para além de outros documentos que solicitou.

Para além do relatório do IGF, o PSD quer ter acesso a toda comunicação, interna e externa, do Governo sobre o caso de Alexandra Reis.

“O PSD apresentou hoje um conjunto alargado de documentos que dividiríamos em três grupos: um tem a ver com a TAP e a sua gestão, os principais documentos de gestão, relatórios de contas, atas, deliberações, contratos. Outro com os trabalhadores, indemnizações, prémios e com o caso Alexandra Reis e ainda um terceiro sobre a relação da TAP com terceiros, nomeadamente com a Parpública e com o Governo”, explicou o deputado Paulo Rios de Oliveira em conferência de imprensa.

A IL quer conhecer, entre outros pedidos, os contratos de Alexandra Reis, da CEO da TAP e dos restantes administradores, bem como o registo dos prémios e indemnizações atribuídos na empresa entre 2019 a 2022.

Já o Chega quer também conhecer o plano de reestruturação da companhia aérea “entregue em Bruxelas na sua versão integral e sem rasuras” e o parecer jurídico solicitado pela TAP à sociedade de advogados SRS Legal, referente à indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, bem como outros documentos que solicitou.

Também em conferência de imprensa, o deputado do PCP Bruno Dias adiantou que o seu partido vai requerer, por exemplo, a “apresentação de documentação sobre os negócios de compra de aviões, sobre as remunerações de gestores nos últimos dez anos, sobre os negócios que o acionista privado fez com a TAP, beneficiando a Atlantic Gateway”.

No passado dia 03 de fevereiro, a proposta do BE para constituir uma comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP, com duração de 90 dias, foi aprovada no parlamento, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE