Coimbra

Comerciantes queixam-se do ritmo “lento quase parado” de obras em Coimbra (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-05-2021

As obras de requalificação das ruas João Machado, Dr. Manuel Rodrigues e Rosa Falcão,  na Baixa de Coimbra, estão a correr a ritmo “lento quase parado” queixam-se os comerciantes, após verem os acessos aos seus estabelecimentos dificultados, uma ausência de clientes e um consequente prejuízo para o negócio.

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Vítor Silva, da loja Licínio Nobre na rua Dr. Manuel Rodrigues, uma das ruas afetadas por esta intervenção da Câmara Municipal de Coimbra para requalificação da faixa rodoviária e pedonal, explica ao Notícias de Coimbra que esta obra surge após um período menos bom com a pandemia de covid-19 e o fecho do comércio, “e quando havia a esperança que o comércio estava a melhorar fecham a rua”.

Mostra-se descontente com a gestão da obra, “a rua Dr. Manuel Rodrigues serve de estaleiro do resto da obra, e ninguém veio ter com os comerciantes para dar uma explicação. Nós olhamos para as ruas em obras e vemos um ou dois trabalhadores, e nem todos os dias as máquinas estão em movimento”, afirma. Cenário que é também apontado por outros comerciantes desta zona da baixa de Coimbra.

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Américo Costa, proprietário da loja Irtel na mesma rua, refere que “o negócio está muito afetado, as pessoas não têm os acessos que tinham, e mesmo os autocarros que passavam aqui deixavam pessoas, agora a rua está completamente sem pessoas. Os clientes sentem dificuldades nas passagens dos acessos às lojas, os acessos pedonais estão mal sinalizados”, afirma. Também os trabalhos de cargas e descargas estão condicionados pela falta de acessos aos estabelecimentos comerciais.

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Américo Costa aponta ainda o descontentamento pelo ritmo lento a que decorre esta intervenção, que tem como data prevista de conclusão em setembro de 2021.

 

José Ferreira, sócio da loja de vestuário para cerimónias Festinoivos, explica ao NDC que tem sofrido um forte impacto com estas intervenções de requalificação. Entende que esta requalificação podia ser feita rua a rua e não cortando simultaneamente o acesso a três ruas fundamentais para este comércio da baixa de Coimbra, e lamenta ainda o prazo de execução da obra “extremamente longo”.

Além da dificuldade nos acessos pedonais, José Ferreira adianta ainda que o pó que é levantado no decorrer das obras entra nas lojas e viu-se obrigado a forrar a porta do estabelecimento para evitar que o pó entre no seu estabelecimento.

Os comerciantes questionam esta intervenção se aquando da “construção da Praça Princesa Cindazunda todo o pavimento e os passeios da rua Dr. Manuel Rodrigues foram renovados, e agora dois anos depois voltaram a fazer a mesma coisa, ou seja, “fazem duas vezes a mesma obra”, refere José Ferreira que afirma sentir-se “revoltado com a atitude da Câmara Municipal de Coimbra com os comerciantes. Concordo que as obras têm de ser feitas, só não concordo como estão a ser feitas, fechar as três ruas simultaneamente só prejudica. E o ritmo de obras está lento, quase parado” refere.

 

Também Ernesto Monteiro, responsável pela frutaria o Rei da Fruta, conta ao NDC que esta intervenção prejudicou o negócio, que a falta de clientes se faz sentir pela dificuldade dos acessos e a má sinalização dos mesmos.

A obra, que representa um investimento de um milhão de euros, está a cargo da empresa Embeiral – Engenharia e Construção, S. A., que venceu o concurso público. Esta intervenção está incluída no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra e visa melhorar a mobilidade pedonal e rodoviária, remodelar as infraestruturas do subsolo e a iluminação pública.

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