Coimbra

Combate a incêndios rurais em Coimbra com medidas especiais e sem comprometer operação

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 14-05-2020
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais no distrito de Coimbra, hoje apresentado, inclui medidas face à pandemia da covid-19, sem comprometer a operacionalidade dos meios e garantindo a sua segurança, disse o comandante operacional distrital.

Dois aviões anfíbios entram no dispositivo distrital de Coimbra a partir de Cernache

Durante a apresentação à comunicação social, realizada hoje por videoconferência, Carlos Luís Tavares enfatizou a “aposta” no pré-posicionamento territorial de meios de combate a incêndios, habitualmente localizados em quartéis de bombeiros, mas cuja constituição, será, no entanto, alterada devido à pandemia do novo coronavírus.

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“Não vamos utilizar grupos de combate [com 24 bombeiros], mas sim brigadas de combate [com 12 bombeiros, metade dos elementos do grupo], para não ter tanta gente agrupada”, explicou o comandante operacional distrital (Codis).

Assim, em vez da existência de um a três grupos de combate a incêndios – cada um com dois comandantes, oito veículos e 24 bombeiros, a utilizar nas fases mais críticas – serão utilizadas entre duas a seis brigadas, cada uma com quatro veículos, um de comando, dois de combate a incêndios e um autotanque, com um elemento de comando e 12 bombeiros.

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“Assim, conseguimos balancear melhor os meios para onde forem precisos. E duas brigadas podem unir-se num teatro de operações e formar um grupo”, explicou Carlos Luís Tavares.

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O pré-posicionamento de meios será efetuado em locais a definir, em função dos níveis de probabilidade de ocorrência de incêndios rurais e do Estado de Alerta Especial (níveis amarelo, laranja e vermelho) que estiver em vigor.

O Codis de Coimbra disse, por outro lado, que a “intenção” é que os operacionais sejam testados “regulamente” à infeção pelo novo coronavírus: “Queremos testar mais vezes os nossos operacionais. Quanto mais testes puderem fazer, melhor”, argumentou.

Outras medidas para cumprir com as indicações das autoridades de Saúde passam pelo uso de cogulas e máscaras de proteção, mas também as derivadas dos planos de contingência das corporações de bombeiros – como o reposicionamento de camas em camaratas para cumprir dois metros de distância – de outras entidades no terreno e da própria Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Questionado sobre quantos bombeiros poderão ir em cada veículo, o comandante operacional distrital respondeu que quer as Equipas de Combate a Incêndios (ECIN), quer as de Intervenção Permanente (EIP), irão manter cinco elementos, “para não por em causa a segurança da operação”.

No entanto, enfatizou, os chefes de equipa irão medir regularmente a temperatura dos seus bombeiros e estar atentos a eventuais sintomas de infeção.

“Todos os cuidados que já temos hoje, temos de ter em operação [nos incêndios rurais]. Sabemos que o risco vai aumentar [devido à pandemia de covid-19], mas temos de o mitigar”, alegou Carlos Luís Tavares.

Em termos de meios humanos e materiais, o dispositivo terrestre hoje apresentado engloba um total de 1.783 bombeiros e 63 elementos de comando, para além de mais de 200 sapadores florestais e 10 máquinas de rasto.

Este dispositivo é complementado, em ações de vigilância, fiscalização e deteção, por 70 militares e 35 veículos do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR, 12 polícias e duas viaturas da PSP, e pela rede de torres de vigia – num total de 19, sete já em funcionamento – com 76 vigias civis.

No terreno, em ação de ataque inicial, estarão 69 militares e 11 veículos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, apoiados por três helicópteros ligeiros, dois disponíveis a partir de sexta-feira na Lousã e Cernache, e o terceiro a partir de 01 de junho na Pampilhosa da Serra.

Pela primeira vez, segundo Carlos Luís Tavares, Coimbra terá dois aviões anfibios ‘Fireboss’, que atuam em parelha, cada um com capacidade de três mil litros de água, localizados no aeródromo de Cernache entre 01 de junho e 31 de outubro.

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