O novo passe intermodal da Região de Coimbra, que entra em funcionamento a 01 de janeiro no Sistema de Mobilidade do Mondego e nos Transportes Urbanos de Coimbra, pode passar a ser carregado a partir de dia 24.
Metro Mondego, Câmara de Coimbra, Comunidade Intermunicipal e AGIT – Agência para a Gestão do Sistema Intermodal realizaram hoje uma conferência de imprensa conjunta para apresentar o novo passe intermodal, intitulado Move-C, que passará a funcionar a partir de 01 de janeiro no Sistema de Mobilidade do Mondego (também conhecido como ‘metrobus’) e nos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC).
O passe mensal terá um custo de 30 euros (um município), 35 euros (dois municípios) e 40 euros (para mais de dois concelhos), podendo ser carregado a partir de dia 24 nos postos de venda da Metro Mondego (em Lousã e Miranda do Corvo) e dos SMTUC, em Coimbra.
Para quem já tem um cartão monomodal (usado para os SMTUC ou para serviços rodoviários alternativos do ramal da Lousã) terá de se deslocar aos postos de venda, para carregar o cartão para o serviço intermodal, foi explicado na conferência de imprensa, referindo que o utente terá de ter consigo o seu cartão de cidadão.
Já no caso de novos utilizadores, além do pagamento do passe acrescem seis euros pela emissão do novo cartão.
Após o cartão passar a intermodal, o mesmo poderá ser carregado nas bilheteiras automáticas.
Além de passes mensais, haverá também títulos de viagens pré-comprados de um euro (um município), dois euros (dois municípios) e de três (para três ou mais municípios), assegurando ainda a possibilidade de bilhetes de um dia, três e sete dias.
Os antigos combatentes e os jovens (até 23 anos) têm bilhete gratuito (mas precisam também de mudar o seu cartão para intermodal).
Os beneficiários de complemento solidário para idosos, de rendimento social de inserção e pessoas com deficiência terão bilhetes de 15 a 20 euros (dependendo do número de municípios) e os beneficiários do escalão B (reformados com pensões abaixo de 627 euros, desempregados e agregados com rendimentos médios mensais baixos) terão bilhetes de 22,5 euros a 30 euros.
O anterior executivo da Câmara de Coimbra tinha estabelecido que asseguraria por meios próprios a manutenção dos descontos vigentes nos SMTUC para os seus munícipes no passe intermodal, nomeadamente os preços praticados para cidadãos com idade superior a 65 anos, funcionários municipais e bombeiros voluntários, entre outros.
No entanto, na conferência de imprensa de hoje, a presidente da Câmara de Coimbra, Ana Abrunhosa, indicou que os beneficiários desses descontos não o passarão a ter no regime intermodal, mas apenas nos SMTUC.
A autarca afirmou que o município irá aguardar para equacionar essa subsidiação, nomeadamente em negociação com o Governo para reforço de verba, já que a autarquia teria de financiar, neste momento, a diferença, que teria um custo de dois milhões de euros anuais.
“Sabem que os transportes saem caros”, notou.
De momento, o passe intermodal apenas irá funcionar naqueles dois operadores, abrangendo os concelhos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, mas há o objetivo de ainda em 2026 integrar os serviços da CP e também do SIT – Sistema Intermunicipal de Transportes, afirmou o presidente da AGIT, Emílio Torrão.
“Não é um mero cartão de plástico. É um conceito”, disse, considerando que, com aquele passe, arranca o regime intermodal na região.
Questionado sobre o arranque da operação e alteração dos cartões, Emílio Torrão admitiu que será “uma confusão enorme”.
“É um passo doloroso. Vamos ter filas, vamos assumir isso. Mas depois, a vida fica facilitada”, vincou.
Face à tolerância de ponto a 24, 26 e 31 deste mês determinada pelo Governo, a agência Lusa questionou a Câmara de Coimbra se os postos de venda dos SMTUC estarão abertos em algum desses dias, mas não obteve resposta até ao momento.
Veja o direto do Notícias de Coimba com Ana Abrunhosa:
Veja o direto do Notícias de Coimbra com Emílio Torrão:
Veja o direto do Notícias de Coimbra com Luís Paulo Costa:
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