Coimbra

Coimbra vai ter um calçadão na beira rio e mais uma ponte pedonal (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 07-02-2022

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra analisou, na sua reunião de hoje, uma fase prévia do estudo urbanístico para a frente de rio da margem direita, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte.

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O documento prevê a compilação de alguns projetos existentes privilegiando a circulação pedonal, como a empreitada em curso de requalificação da Avenida Cidade Aeminium e as futuras obras do Sistema de Mobilidade do Mondego, e analisa a possibilidade de construção de uma nova travessia sobre o Mondego no prolongamento da rua dos Oleiros dando ainda continuidade a uma possível expansão do Sistema do Metro Mondego para a margem esquerda e zona sul do concelho.

A autarquia está a desenvolver um estudo urbanístico, ainda em evolução, que incide sobre a margem direita do Mondego, numa extensão de cerca de 1,3km, mais
concretamente no troço mais urbano da marginal entre a Ponte de Santa Clara e o Açude- Ponte de Coimbra.

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No prolongamento da rua dos Oleiros, fica prevista a possibilidade de uma futura nova ponte pedonal e ciclável sobre o Mondego. A mesma ponte prevê ainda dar resposta a uma futura expansão da rede do Sistema de Mobilidade do Mondego para a margem esquerda e zona sul do concelho, sendo que a “localização proposta para a ponte garante a sua integração na rede de metro sem alterar o seu funcionamento ou as estações atualmente previstas, garantido que essa ligação para sul se faça a partir de qualquer origem, exceto da Estação de Coimbra B”, pode ler-se na memória descritiva que foi analisada na reunião do executivo municipal de hoje.

A ponte prevê uma faixa para o Metrobus e um só passeio do lado sul. “Contudo, se no futuro vier a revelar-se indispensável uma nova ligação rodoviária à cota baixa, isso poderá ser feito a partir da rua dos Oleiros”, é ainda assinalado no documento.

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Para esta marginal está prevista “uma relação serena com o rio, recorrendo a uma continuidade formal que deverá ser sublinhada ao nível dos materiais a utilizar,
acentuando linhas de continuidade entre a Ponte Açude e o Largo da Portagem, pontuadas por alinhamentos de árvores”. Além da ciclovia, que percorre toda a extensão da marginal, prevê-se também a “possibilidade de acesso de veículos de emergência ou de caráter excecional, devendo ser essa faixa demarcada da forma mais ténue possível”.

Este estudo refere agora que, “à semelhança do que tem vindo a ser prática corrente em diversas cidades (tanto no país como a nível internacional), procurou-se nesta abordagem da frente de rio reforçar as suas ligações ao centro da cidade, privilegiando a sua requalificação para usos dominantemente pedonais (e cicláveis), procurando favorecer a presença de pessoas, a fruição urbana e o desfrute das margens para fins de desporto e lazer”.

Posto isto, nos troços adjacentes à Estação Nova e à APA foi descartada a possibilidade de manter um sentido aberto ao tráfego na marginal. “No primeiro caso por manifesta falta de espaço numa zona onde os fluxos pedonais terão a maior importância, na ligação da marginal ao Largo da Portagem” e “no segundo caso por atrair à marginal e ao tabuleiro inferior da Ponte Açude, um nível de tráfego indesejável e incomportável”, justifica a memória descritiva desta fase prévia do estudo urbanístico para a frente de rio.

A autarquia encara as obras em curso na margem direita, para requalificação dos muros e do espaço público na Avenida Cidade Aeminium, como uma oportunidade de rever a circulação automóvel nesta zona da cidade. O encerramento há vários meses da Avenida Cidade Aeminium permitiu “ter uma ideia muito clara sobre a consequência para a circulação” e, por outro lado, “originou já uma mudança nos hábitos de circulação automóvel”, defendem os técnicos municipais.

Esta situação “afigura-se assim como uma oportunidade única para proceder a uma alteração da sua utilização, substituindo a sua função rodoviária e devolvendo-a aos modos suaves” e à fruição urbana. As alterações à circulação previstas apoiam-se sobretudo nos arruamentos a concluir paralelos à Avenida Fernão de Magalhães, nas traseiras dos edifícios ali existentes, criando uma rede fechada e coerente. Quanto às novas áreas a urbanizar, está previsto, nomeadamente nos terrenos da IP, a “existência de um arruamento com um só sentido a nascente da via do Metrobus, garantindo assim alguma presença de veículos no local sem que, contudo, estes invadam a marginal,  evitando travessias rodoviárias do canal de metro”, é referido na memória descritiva.

A proposta passa por ter “apenas dois quarteirões abertos para o rio”, prevendo, assim, uma maior diversidade de percursos pedonais entre os arruamentos e as duas praças interiores, através da adoção de galerias. Será também possível estabelecer a ligação para norte da rua do Cais da Estação, propondo-se para isso uma correção do seu traçado de forma a reforçar o alinhamento dos edifícios entre as ruas dos Oleiros e do Arnado. Está ainda prevista uma ligação direta da rua Abel Dias Urbano à rua do Arnado, respeitando os alinhamentos existentes nas traseiras dos edifícios da Av. Fernão de Magalhães e o dos hotéis Vila Galé e Dona Inês permitindo, também aqui, criar uma pequena zona verde junto ao edifício da Ideal.

 

Veja o direto NDC com o presidente da Câmara de Coimbra: 

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