Coimbra

Coimbra vai avançar com reestruturação da rede de transportes urbanos

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 28-12-2021

A Câmara de Coimbra vai fazer uma reestruturação e otimização da rede dos transportes urbanos de Coimbra, avançou hoje a vereadora responsável pelo pelouro, salientando que espera em 2022 normalizar o serviço, que tem apresentado várias falhas.

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A Câmara de Coimbra vai contratar uma empresa para fazer um planeamento da otimização da rede dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), disse hoje a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, que falava aos jornalistas depois da Assembleia Municipal de Coimbra, onde apresentou o orçamento e perspetivas de investimento daquele serviço para 2022.

“Não vamos fazer uma tábua rasa, mas vai haver alteração de desenhos da rede, de trajetos de linha, porque há zonas muito bem servidas, em que há sempre autocarros a passar, e outras zonas muito mal servidas e com pessoas a aguardar. Temos que fazer planeamento com base nos valores da procura”, afirmou.

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Segundo a vereadora eleita pela coligação Juntos Somos Coimbra, o alargamento da rede dos SMTUC a todo o concelho por parte do anterior executivo (de maioria PS) quando os serviços não estavam preparados para dar essa resposta tem sido o principal problema.

“Ainda continuamos a trabalhar com horários de férias, adaptados para dar resposta aos alunos e, por isso, as queixas são muitas”, notou, salientando que o executivo quer comprar mais viaturas para tentar repor a situação em 2022.

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O orçamento dos transportes urbanos, que ainda vai ser discutido em reunião do executivo, terá cerca de dois milhões de euros a mais para fazer face ao défice dos SMTUC do presente ano, esclareceu Ana Bastos, salientando que a covid-19 “foi desastrosa” para os SMTUC, que perdeu 43% dos passageiros.

O documento foi apresentado numa reunião da Assembleia Municipal convocada para que as forças políticas apresentassem propostas e sugestões para o Orçamento Municipal para 2022, antes de este ser votado pelo executivo.

Na apresentação das contas gerais do Orçamento Municipal, foi notado pelo diretor do departamento financeiro que as receitas do Imposto Municipal sobre Imóveis (que se mantém na taxa mínima) aumentariam 17 milhões de euros caso fosse para a taxa máxima.

O deputado do PS David Ferreira da Silva questionou se a Câmara queria subir o IMI, ao que o presidente da Câmara, José Manuel Silva, afirmou que a autarquia não tinha intenção de subir o IMI.

O mesmo deputado criticou a ideia daquela Assembleia Municipal, considerando que se o executivo quer propostas do PS pode marcar uma reunião com o partido.

“Os vereadores do PS não foram ouvidos antes de vir para aqui”, disse, considerando a reunião “um jogo de auscultação encapotado”, criticando ainda o facto de o documento de visão estratégica ser uma “cópia” do manifesto eleitoral do Juntos Somos Coimbra.

Já a CDU, pelo deputado João Pinto Ângelo, considerou a ideia “uma boa novidade”, mas que a coligação reservaria as suas contribuições para janeiro, quando os documentos fossem votados.

Apesar disso, durante a intervenção, a CDU alertou para a necessidade de manter a ligação ferroviária à Estação Nova, a requalificação de edifícios degradados e a criação de uma rede de creches públicas, entre outras propostas.

Já o movimento Cidadãos por Coimbra (CpC), pelo deputado João Malva, apresentou várias propostas, como a requalificação da casa de Jaime Cortesão e a sua ligação ao Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, a criação de uma equipa de socorro e resgate animal, plantação de uma árvore por cada habitante de Coimbra durante o mandato ou um concurso de ideias para a zona entre o Rebolim e a Quinta da Portela.

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