José Manuel Silva referiu que o anúncio de uma nova massa de ar polar em Portugal, o qual irá fazer baixar os termómetros para valores negativos entre os próximos dias 11 e 13 de janeiro, não vai obrigar o município a acionar o Plano Municipal de Contingência para pessoas em situação de sem-abrigo perante tempo frio. De acordo com o presidente, este plano “está sempre em vigor e é ativado na sua intervenção específica quando se cumprem os critérios definidos”.
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De acordo com o plano, e apesar da classificação apresentada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)” apontar para o facto de uma situação de aviso de tempo frio ocorrer “quando os valores diários de temperatura mínima se apresentam inferiores a -1ºC, ao longo de 2 dias ou mais consecutivos”, no concelho de Coimbra “o presente plano municipal será ativado sempre que os valores diários de temperatura mínima se apresentem iguais ou inferiores a 1ºC, durante dois dias consecutivos”.
Segundo o quadro que consta no plano, sempre que se registem valores entre 1ºC e -3ºC é emitido o aviso amarelo devido ao facto desta ser uma situação “onde são previsíveis efeitos sobre a saúde”. “Entre os principais efeitos sobre a saúde humana originados pelo Frio encontramos: hipotermia (arrepios, vasoconstrição periférica e aumento da função cardíaca e respiratória); fadiga física, perda de sensibilidade; aumento da sobrecarga do coração e aparelho circulatório; agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias; sensação de incómodo, estado confusional; enregelamento, gangrena das extremidades e morte por falência cardiorrespiratória”, refere o documento.
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Assim que este aviso é emitido, a Divisão de Ação Social da câmara de Coimbra tem de como missão coordenar “as equipas de rua na identificação e no encaminhamento das pessoas em situação de sem-abrigo; encaminhar as situações detetadas para a Linha Nacional de Emergência Social – 144 e avaliar vagas existentes nos respetivos Centros de Alojamento Temporário e no equipamento de emergência da Fundação – ADFP”.
Tendo este tipo de população como característica o facto de ser “flutuante”, as equipas de rua têm especial atenção os seguintes pontos principais de pernoita: Pátio da Inquisição, Rua Adelino Veiga, Praça do Comércio, Rua Visconde da Luz, Rua da Sota, Rua da Sofia, Rua do Brasil, Avenida Fernão de Magalhães, Viaduto da Casa do Sal, Viaduto do Calhabé, Viaduto da Segurança Social, Celas junto às traseiras do Centro Comercial “Mayflower”, traseiras da Casa Municipal da Cultura, Estação Ferroviária de São José, Igreja de São José, Rua dos Oleiros perto da Loja do Cidadão, Fábrica das Louças do Areeiro e Antiga Fábrica de Porcelana da Arregaça”.
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A questão foi levantada na reunião do executivo desta segunda-feira, 8 de janeiro, pela vereadora Regina Bento. No Período Antes da Ordem do Dia, a autarca socialista afirmou que “face ao alerta de temperaturas extremamente baixas, deverá ser de imediato ativado o plano municipal de contingência para pessoas em situação de sem-abrigo”.
Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu um comunicado onde refere que “a partir do final da tarde de quarta-feira, “uma massa de ar polar continental, com origem na região da Escandinávia, irá gradualmente invadir o norte da Península Ibérica, e posteriormente o sul, resultando em nova descida da temperatura, em especial da mínima” na quinta-feira”.
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