Economia

Coimbra sai à rua pelo direito à habitação e pelo aumento do custo de vida

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 01-04-2023
O centro do país mobilizou-se para as manifestações “Casa Para Viver”, inseridas numa semana de ações e manifestações por toda a Europa, com protestos marcados para as 15:00 de hoje, 1 de abril em Coimbra (Praça 8 de Maio), Aveiro (Praça Joaquim Melo Freitas) e Viseu (Praça da República).
 
Em Coimbra, a concentração é marcada pelo movimento Porta Adentro, que surgiu depois de uma reunião aberta promovida pela associação Chão das Lutas. 

As Repúblicas de Estudantes fazem parte da cultura da “cidade universitária”, mas apesar de reconhecidas como património imaterial de interesse municipal e património da humanidade têm sido alvo de nítida negligência, como faz notar o movimento Porta Adentro, assinalando também a falta de condições da maioria das Residências Universitárias e lembrando que todos os anos centenas de jovens abandonam os estudos porque não encontram habitação a preços acessíveis.

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O movimento destaca ainda que as pessoas com deficiência são um dos grupos mais invisibilizados e dos mais afetados pela crise da habitação, vivendo em habitações que não têm as condições mínimas de acessibilidade, pela ausência de alternativas e por insuficiência económica. Exige-se, assim, um contingente de habitação acessível, de promoção pública, reservado exclusivamente a pessoas com deficiência. Todos os novos projetos de habitação devem ter em conta critérios de segurança e acessibilidade, quer nas próprias casas, quer no espaço envolvente, integrando também a perspetiva das mulheres com deficiência. Devem ainda promover a autonomia das pessoas com deficiência, em articulação com um plano de desinstitucionalização coordenado e gradual.

Coimbra há muito vive uma crise de habitação, que afeta de forma marcante e continuada estudantes, jovens famílias, pessoas racializadas, populações migrantes e da comunidade cigana, pessoas com deficiência, idosas e que sofrem discriminações no mercado de habitação pelos mais variados motivos.

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O manifesto da concentração assenta em três pilares – direito à habitação, direito à cidade e fim da exploração e do aumento do custo de vida – ficando a promessa de lutar contra a loucura das rendas e a falta de acesso à habitação, até que toda a gente tenha Casa Para Viver. 

Além das cidades da região centro, Coimbra, Aveiro e Viseu, também Porto, Lisboa e Braga têm manifestações Casa Para Viver marcadas para dia 1.
 

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