Economia

Coimbra: Rui Rocha diz que parecer sobre indemnização de Alexandra Reis vem confirmar o óbvio

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 26-02-2023

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, considerou hoje que o parecer da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização paga à ex-secretária de Estado Alexandra Reis vem “confirmar o óbvio”, tendo “uma natureza de irregularidade.”

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“No caso da TAP estamos a falar de questões graves. Tudo aponta, de facto, no sentido de que o relatório ou o parecer vai confirmar aquilo que é bastante óbvio”, sublinhou.

A SIC Notícias avançou na sexta-feira à noite que o projeto de parecer da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) aponta irregularidades no processo que envolveu o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros pela TAP à antiga administradora e ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.

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Em sequência da notícia divulgada pela SIC, o Ministério das Finanças explicou hoje, em comunicado, que a ação inspetiva da IGF sobre a indemnização paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis ainda está “em fase de contraditório” e só depois será elaborado um relatório final.

À chegada para o 26.º Conselho Nacional da IL, que decorre em Coimbra, Rui Rocha disse aos jornalistas que é “bastante óbvio que tudo isto tem uma natureza de irregularidade”.

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“Recordo que o próprio primeiro-ministro já se referiu ao tema, dizendo que a nomeação para a NAV implicaria a devolução de, pelo menos, parte, da indemnização recebida”, acrescentou.

No entender do líder liberal, mais do que uma irregularidade, tal representa “uma falta de respeito pelo dinheiro dos contribuintes”.

“Não quero mesmo deixar passar a oportunidade de dizer que há aqui uma responsabilidade política de fundo, que foi a responsabilidade de renacionalização da TAP. E isso implica um custo para os portugueses, que equivale já a várias vezes esta indemnização que foi paga, aparentemente de forma incorreta e irregular, a Alexandra Reis”, indicou.

Rui Rocha deixou a promessa de que a IL irá criticar sempre todo o tipo de irregularidades, sendo completamente exigente quanto a essas irregularidades.

“Estamos a falar de 6.400 casos [com valor igual ao da indemnização paga] Alexandra Reis, que correspondem aos 3.200 milhões [de euros] dos portugueses que foram enterrados na TAP e isso é uma responsabilidade política que cabe ao primeiro-ministro”, criticou.

O presidente da IL recordou que “o problema de base está na decisão inicial de renacionalização da TAP”, contra a qual se debateram “desde o primeiro dia”.

“Muitas vezes de forma isolada e resistindo até a críticas muito ferozes de membros do Governo que, entretanto, já não estão no Governo, para poder defender aquilo que na altura defenderam”, concluiu.

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